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Consórcio quer 20 milhões de doses extras para distribuição aos municípios

 O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em reunião com a Frente Nacional dos Prefeitos, realizada de forma virtual - Divulgação/MS
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em reunião com a Frente Nacional dos Prefeitos, realizada de forma virtual Imagem: Divulgação/MS

Júlia Schiaffarino

Colaboração UOL Brasilia

22/03/2021 18h10

Com estatuto aprovado hoje (22) em reunião da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), o Consórcio Conectar inicia os trabalhos mirando a aquisição de 20 milhões de doses de vacina extras para distribuição aos municípios. A ideia é que a iniciativa adiante em 30 dias a finalização da imunização dos grupos de risco em todo o país.

De acordo com a consultora da FNP Carla Domingues, caso essa meta seja atingida, seria possível pensar em concluir a vacinação dos 80 milhões de brasileiros que compões estes grupos até 30 de junho.

"Até julho o ministério da saúde deve estar entregando 234 milhões de doses, numa média de 40 milhões de doses por mês, o que significa uma média de 20 milhões de pessoas vacinadas ao mês. Que o consórcio adquira 20 milhões de doses, isso significa que a gente puxa em 30 dias o cronograma", disse.

A sugestão é uma intervenção junto à Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), ao Consórcio Covax Facility e aos Estados Unidos que somam 30 milhões de doses extras da Astrazeneca para buscar essas doses.

Até o momento, 2.599 prefeituras manifestaram interesse no Consórcio, que teve o Estatuto aprovado com voto de 1.192 gestores. Para próxima semana está prevista a votação da presidência do Conectas.

Críticas

A votação do estatuto ocorreu após uma Assembleia Geral que contou com a presença governador do Piauí, Wellington Dias, o ministro do STF, Gilmar Mendes, do ex-presidente do STF Ayres Britto e da representante da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil, Socorro Gross Galiano. Em suas falas, todos reforçaram a importância e legalidade da iniciativa.

Também houve críticas ao governo federal.

"A gente está indo além das nossas obrigações. A nossa obrigação é fazer a aplicação das vacinas, mas diante da inercia de fazer chegar a vacina aos municípios nós nos unimos. Eu duvido que nosso presidente Bolsonaro queira mais do que nós que a nossa cidade esteja funcionando normalmente", disse em um momento o presidente da FNP, Jonas Donizette.