SP: Com recorde de mortos, secretário faz apelo por apoio da população
O secretário estadual de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, disse que o recorde de 1.021 mortes pelo novo coronavírus registrado no estado nas últimas 24 horas tem a ver com dados represados da pandemia. Gorinchteyn afirmou que os óbitos pela doença que aconteceram no domingo chegaram a 144 e de domingo para segunda a 44.
"Esses dados, apesar de chocarem, e chocam porque são realmente vidas que se perderam, não retratam essas 24 horas. São dados que eram represados, retesados no final de semana, e que foram aportados de forma abrupta agora nos dados da terça-feira", o secretário defendeu, em entrevista à GloboNews.
As 1.021 mortes pela covid-19 em apenas 24 horas em São Paulo é o pior número de óbitos no estado desde a terça-feira da semana passada (16), quando houve 679 mortes. Com isso, São Paulo chega a 2.332.043 de casos confirmados e 68.623 vítimas fatais da doença.
"Talvez tenhamos ainda uma média de outros casos um pouco mais elevados em relação à média da semana passada, novamente por esse aporte tardio. Mas estamos tendo um número muito alto de mortes", disse. "E nós temos que pedir o apoio da população, porque não adianta eu abrir leito de UTI, eu ter mais cilindro de oxigênio, se mais e mais pessoas estarão sendo admitidas e de forma grave nas unidades de terapia intensiva".
O secretário alertou para a ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no estado. De acordo com ele, as internações passaram de 6.410 pessoas no dia 22 de fevereiro para 12 mil atualmente. Na última sexta, Gorinchteyn chegou a dizer que São Paulo poderia ter 800 mortes diárias pela covid-19.
"Em quatro semanas, assustadoramente o número de casos e óbito foi algo que impactou infelizmente a nossa sociedade e temos que pedir a ela esse apoio", reforçou.
Oxigênio
O médico falou também sobre a situação do fornecimento de oxigênio no estado. Ontem, o vice-governador Rodrigo Garcia anunciou a instalação de uma usina em Ribeirão Preto, no interior paulista. O anúncio foi feito depois que a Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) autorizou o uso de cilindro industrial para armazenar oxigênio usado em hospitais.
"As produtoras garantiam que na nossa rede estadual conseguiríamos manter todo o fornecimento de oxigênio, mas fomos atrás da iniciativa privada", Gorinchteyn garantiu hoje.
O secretário informou ainda que a central de regulação do estado viu multiplicar o número de pacientes a espera de um leito. Segundo ele, em janeiro eram 200 infectados pela covid-19 procurando internação em São Paulo todos os dias e hoje são pelo menos 1,8 mil.
"Isso é variável. Tem dias que é até mais", enfatizou. "Trinta por centro desse número de casos são de solicitações de unidades de terapia intensiva".
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