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Sem explicar como, Queiroga diz que meta é vacinar 1 milhão por dia

Hanrrikson de Andrade e Sara Baptista

Do UOL, em Brasília e em São Paulo

24/03/2021 16h55

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou hoje que sua principal meta é vacinar 1 milhão de pessoas por dia contra a covid-19. "O compromisso número um do nosso governo é com a implementação de uma forte campanha de vacinação", disse.

Segundo o ministro, com base em números do Ministério da Saúde, atualmente são aplicadas cerca de 300 mil doses por dia e, portanto, a meta é mais de três vezes superior. De acordo com dados do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, nos últimos sete dias foram aplicadas uma média de 421,2 mil doses por dia.

Neste cenário, portanto, o objetivo do governo federal seria mais do que o dobro do praticado atualmente.

Queiroga disse em entrevista coletiva que a meta deve ser atingida em um "curto prazo". Ele, porém, não especificou quais medidas serão tomadas para atingi-la e nem estabeleceu um prazo específico.

O ministro disse que "temos condições de vacinar muitas pessoas", citando o PNI (Programa Nacional de Imunizações). Ele também falou que é determinação expressa do presidente Jair Bolsonaro ampliar o número de vacinação.

A fala de Queiroga está em consonância com o que disse Bolsonaro em seu pronunciamento de ontem à noite em cadeia nacional de rádio e televisão. O presidente mudou o tom em relação à pandemia e disse que 2021 será o "ano da vacinação".

Também como fez Bolsonaro, Queiroga afirmou corretamente que o Brasil é a quinta nação que mais aplicou doses de covid-19 no mundo. Diferente do presidente, porém, Queiroga lembrou que o número é absoluto e não considera o tamanho da população.

Ao se comparar o número de doses aplicadas e o total de habitantes, há quase 60 países na frente do Brasil.

Lockdown

Em sua fala inicial, Marcelo Queiroga defendeu o respeito à ciência. Posteriormente, ao ser perguntado sobre a possibilidade de decreto de lockdown, o ministro defendeu que sejam adotadas "medidas sanitárias eficientes" para evitar que seja necessário fazer o lockdown.

"A população não adere a lockdown", justificou. As únicas medidas citadas por ele, no entanto, foram a vacinação e o uso de máscaras.

Queiroga disse que as melhores políticas de distanciamento social serão avaliadas por um comitê especializado que será liderado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).