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Brasil registra novo recorde de mortes por covid-19: 3.688 em 24 h

Douglas Porto, Thais Augusto e Ricardo Espina

Do UOL e colaboração para o UOL, em São Paulo

30/03/2021 19h32Atualizada em 30/03/2021 21h22

O Brasil registrou hoje, mais uma vez, o maior número de mortes em decorrência da covid-19 registradas em 24 horas desde o início da pandemia: 3.668. O marco anterior, de 3.600 óbitos no mesmo intervalo, foi registrado no último dia 26 de março.

Pelo quinto dia consecutivo, a média de mortes por covid-19 atingiu um novo pico: foram 2.728 óbitos nos últimos sete dias. O levantamento é do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, com base nos dados fornecidos pelas secretarias estaduais de saúde.

Com o acréscimo de 86.704 novos diagnósticos positivos entre ontem e hoje, são 12.644.058 o número de pacientes que já foram infectados pelo novo coronavírus no país.

Os dados não indicam quando as mortes e a confirmação dos casos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases de dados dos estados.

Já de acordo com as contas oficiais do governo federal, 3.780 novas mortes foram contabilizadas, também o maior índice desde o início da pandemia.

Até então, o recorde havia sido verificado na última sexta-feira (26), quando foram reportados 3.650 óbitos entre um dia e outro, pelos dados do ministério. Este é o quarto dia no qual o país computa mais de 3 mil mortes pela doença por esse balanço. Desde março de 2020, houve 317.646 óbitos provocados pela doença.

De ontem para hoje, houve 84.494 casos confirmados de covid-19 em todo o país, elevando o total de infectados para 12.658.109 desde o início da pandemia. Desse total, 11.074.483 são considerados como já recuperados, com outros 1.265.980 em acompanhamento.

A pandemia nos estados

Nove estados reportaram mais de cem mortes por covid-19 nas últimas 24 horas. Nestes locais, o total de vítimas soma 2.860:

  • São Paulo - 1.209
  • Rio Grande do Sul - 412
  • Rio de Janeiro - 283
  • Paraná - 231
  • Goiás - 177
  • Santa Catarina - 158
  • Ceará - 143
  • Minas Gerais - 127
  • Bahia - 120

Três regiões do país apresentam números em aceleração: Sudeste (62%), Centro-Oeste (47%) e Nordeste (27%). O Sul, com 10%, e o Norte com -5% estão estáveis. No geral, o Brasil apresenta aumento de 34% nos dados de média móvel nas mortes comparado com os dados de 14 dias atrás.

São 17 estados e o DF com alta nos registros, enquanto sete apresentam estabilidade (AC, BA, PA, PR, RO, RS e SC) e outros dois em queda (AM e RR).

Desde o início da pandemia, o Brasil contabiliza 317.936 vidas perdidas. Foram registrados 86.704 novos casos nas últimas 24 horas, chegando a um total de 12.664.058 pessoas já infectadas.

O Brasil em números

Na primeira onda:

  • Maior número de mortes em 24 h: 1.554 (19/7)
  • Maior média móvel de óbitos: 1.097 (25/7)
  • Maior período com média acima de mil: 31 dias
  • Maior número de óbitos em uma semana: 7.679 (de 19/7 a 25/7)

Na segunda onda:

  • Maior número de mortes em 24 h: 3.668 (30/3)
  • Maior média móvel de óbitos: 2.728 (30/3)
  • Maior período com média acima de mil: 69 dias
  • Maior número de óbitos em uma semana: 17.838 (de 21/3 a 27/3)

As 34 maiores médias móveis de mortes por covid-19 no Brasil ocorreram nos últimos 34 dias, sendo que as cinco maiores foram nos últimos cinco dias. As dez mais altas são as seguintes:

  • 30 de março - 2.728
  • 29 de março - 2.655
  • 28 de março - 2.598
  • 27 de março - 2.548
  • 26 de março - 2.400
  • 23 de março - 2.349
  • 22 de março - 2.298
  • 24 de março - 2.279
  • 25 de março - 2.276
  • 21 de março - 2.255

Os cinco dias com maior número de mortes em toda a pandemia ocorreram nos últimos 12 dias (os números não indicam quando os óbitos ocorreram de fato, mas, sim, quando passaram a contar dos balanços oficiais):

  • 30 de março - 3.668
  • 26 de março - 3.600
  • 27 de março - 3.368
  • 23 de março - 3.158
  • 16 de março - 2.798

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: aceleração (118%)

  • Minas Gerais: aceleração (49%)

  • Rio de Janeiro: aceleração (59%)

  • São Paulo: aceleração (65%)

Região Norte

  • Acre: estabilidade (-15%)

  • Amazonas: queda (-43%)

  • Amapá: aceleração (44%)

  • Pará: estabilidade (-2%)

  • Rondônia: estabilidade (10%)

  • Roraima: queda (-25%)

  • Tocantins: aceleração (36%)

Região Nordeste

  • Alagoas: aceleração (29%)

  • Bahia: estabilidade (9%)

  • Ceará: aceleração (43%)

  • Maranhão: aceleração (44%)

  • Paraíba: aceleração (27%)

  • Pernambuco: aceleração (35%)

  • Piauí: aceleração (34%)

  • Rio Grande do Norte: aceleração (22%)

  • Sergipe: aceleração (20%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: aceleração (100%)

  • Goiás: aceleração (32%)

  • Mato Grosso: aceleração (35%)

  • Mato Grosso do Sul: aceleração (68%)

Região Sul

  • Paraná: estabilidade (9%)

  • Rio Grande do Sul: estabilidade (12%)

  • Santa Catarina: estabilidade (9%)

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.