PF apura se vacina aplicada de forma ilegal em empresários de BH é falsa
A Polícia Federal cumpriu dois mandados de busca e apreensão da operação Camarote, que investiga a comercialização e aplicação de vacinas contra covid-19 de origem ilícita em empresários do setor de transporte, em Belo Horizonte.
A casa de uma enfermeira, suspeita de vender e administrar as doses, e uma clínica foram os alvos da PF. O filho dela também é suspeito.
A aplicação do imunizante aconteceu no último dia 24 de março, em uma garagem de ônibus, e foi noticiada pelo site da revista Piauí. Os donos da Saritur admitiram, em depoimentos à Polícia Federal na última segunda-feira (29), a aquisição das doses de forma ilegal.
A investigação trabalha em três linhas: apura se as vacinas foram importadas ilegalmente, se foram desviadas do Ministério da Saúde ou se são falsificadas.
No local, foram encontrados frascos com soro, seringas, agulhas, luvas e cartões de vacinação, nos quais consta inscrição de que o imunizante seria da Pfizer. A farmacêutica, no entanto, negou a venda fora do âmbito do Programa Nacional de Imunização brasileiro. O material apreendido passará por perícia.
A mulher e o filho ainda teriam comercializado as vacinas ilegais para outras pessoas, além das já investigadas na operação Camarote. Os dois e um outro homem envolvido foram encaminhados à PF para prestar depoimento.
A Pfizer negou em nota qualquer venda ou distribuição da vacina da empresa no Brasil fora do âmbito do Programa Nacional de Imunização (PNI), e lembrou que o imunizante ainda não está sequer disponível no território brasileiro.
*Com informações da Reuters.
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