Governadores pedem reunião com ONU sobre a pandemia no Brasil
O Fórum Nacional de Governadores enviou ontem uma carta ao secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, pedindo uma reunião para discutir a pandemia do novo coronavírus no Brasil. Eles pedem a "sensibilidade do mundo e ajuda humanitária" pela atual situação do país na crise sanitária, e a ajuda na aquisição de mais vacinas contra a covid-19.
"Atualmente, o país é considerando o epicentro da pandemia no mundo, registrando o maior número de óbitos por dia, além de apresentar enormes riscos de propagação de variantes, mais contagiosas e letais, do novo coronavírus", afirma o documento, assinado pelo governador do Piauí, Wellington Dias (PT).
De acordo com o consórcio de veículos da imprensa, do qual o UOL faz parte, o Brasil vive o pior momento da pandemia, com 3.688 novas mortes pela doença registradas ontem, um novo recorde. Março é o mês em que mais estados tiveram alta na média de mortes pela covid-19.
'Alarmantes casos de adoecimentos e mortes'
Na carta enviada à ONU, os governadores afirmaram que o Brasil já fez parte de várias ajudas humanitárias lideradas pela entidade e que os países que integram o grupo sabem da gravidade da pandemia no Brasil.
O documento diz que o encontro com o secretário-geral é para que seja apresentado a ele o "Pacto Nacional em Defesa da Vida e da Saúde", que foi divulgado pelo Fórum no início do mês, com medidas para combater a pandemia no país.
"Em face dos alarmantes casos de adoecimentos e mortes em nosso país, tornou-se imprescindível a formulação de um documento com diretrizes para a emergencial tomada de providências que possam mitigar o flagelo decorrente do novo coronavírus em solo brasileiro, o qual vem despertando a preocupação da comunidade científica mundial e dos líderes dos Estados-membros da ONU", diz a carta.
O documento afirma ainda que os governadores estão adotando medidas restritivas em seus estados para evitar a propagação do vírus e fala da dificuldade de atendimento nos hospitais públicos e privados. Ele também aponta a escassez de insumos hospitalares, como oxigênio, medicamentos e a falta de profissionais da saúde.
"Computam-se diariamente mais de 3 mil óbitos, número que assusta e merece atenção redobrada de instituições e organizações que possam somar esforços para a superação dessa devastadora crise sanitária. Além das medidas restritivas, convém acelerar o processo de vacinação, especialmente nos meses vindouros de abril e maio", o documento reforça.
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