Março é o mês em que mais estados tiveram alta na média de mortes por covid
Já é consenso entre médicos e autoridades que o Brasil vive agora o pior momento da pandemia de covid-19. A segunda onda atingiu o país com mais força e, pela primeira vez, de forma simultânea em quase todos estados. Confirmando a previsão de especialistas, março termina com os piores indicadores de toda a pandemia.
Este foi o mês em que quase todos os estados apresentaram tendência de aceleração na média móvel de mortes por covid-19. A única exceção é o estado do Amazonas, que teve apenas quedas depois de apresentar altas consecutivas em dezembro, janeiro e fevereiro.
Entre os dias 8 e 28 de março, o Brasil teve consecutiva e diariamente 20 das 27 unidades da federação apresentando tendência de aceleração na média móvel de mortes por covid-19. Nunca o país teve tantos estados em tendência de alta e por tanto tempo quanto ao logo deste mês.
Segundo o consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, ontem 18 unidades da federação apresentavam tendência de aceleração na média móvel de mortes. Os dados são obtidos a partir de uma apuração conjunta junto às secretarias estaduais de Saúde.
São eles: Alagoas, Amapá, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santos, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Sergipe, São Paulo e Tocantins.
Os dias nos quais foram registrados o maior número de estados em alta foram 14 e 15 de março, quando 24 unidades tiveram variação acima de 15%, o que representa tendência de aceleração. Os únicos estados que apresentam queda neste momento são Amazonas e Roraima.
Antes de março, o país havia registrado mais de 20 estados com tendência de alta apenas em 9 e 10 de dezembro, semanas depois de especialistas começarem a alertar para um repique da curva da covid-19 no território nacional.
A grande maioria dos estados vem apresentando altas consecutivas desde o início do mês de março. Além disso, em quase todos eles, o salto no número de mortos é maior do que o registrado na primeira onda.
Em pelo menos sete, o salto chega a ser mais que o dobro do que foi registrado em meados de julho e agosto de 2020. É o caso de São Paulo, Minas Gerais, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. No caso dos dois últimos, o salto foi o triplo e quádruplo, respectivamente, do que o registrado na primeira onda.
O mês mais mortal da pandemia
Antes mesmo de terminar, março já era o mês mais mortal de toda a pandemia. No dia 19, o país atingiu 35.507 óbitos a contar a partir do dia 1º de março. O número bateu todos os meses completos da pandemia, incluindo julho de 2020 que até então detinha o recorde com 32.912 óbitos em um período de 31 dias.
Até a noite de ontem, março já contabilizava mais de 60 mil óbitos, consolidando a previsão de especialistas de que este seria o pior mês da pandemia.
Durante todo o mês, a média móvel nacional de mortes registrou números recordes em quase todos os dias, até os 2.728 registrados ontem. Além disso, desde o dia 1º o país se mantém com tendência de aceleração, o período mais longo já registrado.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.