Brasil chega a 3.125 mortos em média na semana, o maior índice da pandemia
Nesta segunda-feira, o Brasil voltou a registrar alta inédita na média de mortes causadas pela covid-19 num intervalo de sete dias. Apenas na última semana, 3.125 pessoas perderam a vida por conta da doença em média. A maior marca, de 3.119 óbitos no período, foi registrada há apenas 11 dias, em 1º de abril.
Este é também o 82º dia consecutivo em que o índice fica acima de mil. A média semanal ajuda a corrigir distorções pontuais, como as quedas que costumam ser registradas aos fins de semana e feriados por conta dos plantões nas secretarias de saúde. Os dados foram obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de Saúde.
Com a confirmação de novos 1.738 óbitos entre ontem e hoje, já são 355.031 vidas perdidas em toda a pandemia. Já o número de diagnosticados subiu a 13.521.409 com a inclusão de 38.866 novos casos.
Os dados não representam quando os óbitos e diagnósticos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases oficiais dos governos.
O balanço oficial do governo federal registrou, por sua vez, 1.480 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas, o que eleva o total de óbitos para 354.617.
De ontem para hoje, segundo o Ministério da Saúde, houve 35.785 diagnósticos positivos para o novo coronavírus, um total de 13.517.808 pessoas que têm ou já tiveram a doença desde março de 2020. Desse total, 11.957.068 se recuperaram da infecção, com outras 1.206.123 em acompanhamento.
A pandemia nos estados
Três regiões do país apresentam números em estabilidade: Nordeste (4%), Norte (0%) e Sul (-3%). Sudeste (29%) e Centro-Oeste (18%) estão em aceleração. No geral, o Brasil apresenta um índice considerado estável, de 15%, na variação de 14 dias.
São onze estados e o DF com alta nos registros, enquanto outros onze apresentam estabilidade e quatro estão em queda.
Quatro estados reportaram mais de cem mortes por covid-19 nas últimas 24 horas. Nestes locais, o total de vítimas soma 707:
- Goiás - 256
- São Paulo - 181
- Rio Grande do Sul - 166
- Mato Grosso - 104
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: aceleração (16%)
- Minas Gerais: aceleração (33%)
- Rio de Janeiro: aceleração (59%)
- São Paulo: aceleração (22%)
Região Norte
- Acre: estabilidade (6%)
- Amazonas: estabilidade (2%)
- Amapá: aceleração (39%)
- Pará: estabilidade (11%)
- Rondônia: queda (-21%)
- Roraima: estabilidade (15%)
- Tocantins: estabilidade (-8%)
Região Nordeste
- Alagoas: estabilidade (4%)
- Bahia: estabilidade (0%)
- Ceará: estabilidade (3%)
- Maranhão: aceleração (19%)
- Paraíba: queda (-20%)
- Pernambuco: aceleração (17%)
- Piauí: aceleração (23%)
- Rio Grande do Norte: estabilidade (1%)
- Sergipe: estabilidade (15%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: aceleração (16%)
- Goiás: aceleração (27%)
- Mato Grosso: estabilidade (2%)
- Mato Grosso do Sul: aceleração (21%)
Região Sul
- Paraná: aceleração (42%)
- Rio Grande do Sul: queda (-25%)
- Santa Catarina: queda (-16%)
O Brasil em números
Na primeira onda:
- Maior número de mortes em 24h: 1.554 (19/7)
- Maior média móvel de óbitos: 1.097 (25/7)
- Maior período com média acima de mil: 31 dias
- Maior número de óbitos em uma semana: 7.679 (de 19/7 a 25/7)
Na segunda onda:
- Maior número de mortes em 24h: 4.211 (6/4)
- Maior média móvel de óbitos: 3.125 (12/4)
- Maior período com média acima de mil: 82 dias
- Maior número de óbitos em uma semana: 21.172 (de 4/4 a 10/4)
As 47 maiores médias móveis de mortes por covid-19 no Brasil ocorreram nos últimos 47 dias. As dez mais altas são as seguintes:
- 12 de abril - 3.125
- 1 de abril - 3.119
- 11 de abril - 3.109
- 2 de abril - 3.006
- 31 de março - 2.971
- 9 de abril - 2.938
- 8 de abril - 2.818
- 3 de abril - 2.800
- 6 de abril - 2.775
- 4 de abril - 2.747
Os cinco dias com maior número de mortes em toda a pandemia ocorreram nos últimos 13 dias (os números não indicam quando os óbitos ocorreram de fato, mas, sim, quando passaram a contar dos balanços oficiais):
- 6 de abril - 4.211
- 8 de abril - 4.190
- 31 de março - 3.950
- 7 de abril - 3.733
- 1 de abril - 3.673
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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