Queiroga usa combate à covid para defender reforma no sistema de saúde
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, falou hoje que o sistema de saúde brasileiro precisa passar por uma reforma. A afirmação foi feita durante o programa Sem Censura, da TV Brasil. O ponto de partida para o assunto foi o combate à pandemia de covid-19 e a assistência hospitalar, principalmente no que diz respeito ao atendimento em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva).
Segundo Queiroga, o ministério enfrenta uma luta diária para prover insumos e recursos humanos para que os hospitais ofereçam tratamento aos pacientes.
"A cada dez indivíduos que vão para UTI e recebem intubação, sete morrem. Um resultado que não é bom, que nós precisamos melhorar", disse. A melhora seria a partir da reformulação do sistema de saúde "como um todo".
"Repensar a formação dos médicos, analisar a possibilidade de mudar a assistência hospitalar especializada. No Brasil, um país continental, temos hospitais com menos de 50 leitos. Qual a consequência disso? Ineficiência", completou. O ministro citou que isso inclui a saúde suplementar. "Que atende 48 milhões de brasileiros, cujos resultados nós nem sabemos quais são", afirmou.
CPI da Covid
Questionado sobre a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid, que deve ser instalada pelo Senado para investigar as ações e possíveis omissões do governo federal no combate à pandemia, Queiroga afirmou estar mais preocupado com "CTI do que com CPI".
"Meu trabalho é para salvar a vida do povo brasileiro. Vivemos em uma democracia, o congresso é soberano para instaurar CPI. Se for necessário, vamos prestar os esclarecimentos para que fique claro", garantiu.
Ministro pede que brasileiros tomem a 2ª dose da vacina
Mais uma vez o ministro da Saúde reforçou a mensagem para que os brasileiros não deixem de completar o esquema vacinal e garantam a imunização. Hoje, ele já havia dito isso durante a campanha de lançamento da vacinação contra a gripe. "Mais de 500 mil não tomaram a segunda dose. Se não tomarem, não serão devidamente imunizados", disse.
Segundo o ministro, a vacina "traz esperança de dias melhores". Apesar de não saber dizer se a vacina contra a covid-19 será anual, Queiroga disse que essa é "uma doença que veio para ficar, mas devemos cessar seu efeito pandêmico". Para isso, defendeu que a população se conscientize. "Vacinar é um ato de cidadania."
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