Topo

Esse conteúdo é antigo

Estudo desenvolverá remédio para covid-19 a partir de anticorpos de lhamas

Universidade do Ceará e Fiocruz desenvolvem remédio para covid-19 a partir de anticorpos de lhamas - UECE/Divulgação
Universidade do Ceará e Fiocruz desenvolvem remédio para covid-19 a partir de anticorpos de lhamas Imagem: UECE/Divulgação

Ed Rodrigues

Colaboração para o UOL, no Recife

17/04/2021 13h57

Uma parceria científica entre a UECE (Universidade Estadual do Ceará) e a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) usará anticorpos de lhamas para produzir medicamentos contra a covid-19.

O estudo, segundo a UECE, coletou sangue dos espécimes para a produção de nanocorpos, que são partículas de anticorpos.

De acordo com o veterinário e vice-reitor da universidade, Dárcio Ítalo Teixeira, os anticorpos das lhamas são mais reativos ao Sars-CoV-2, vírus que causa a covid-19.

"Estamos usando essas amostras no desenvolvimento do medicamento por serem muito promissoras", disse o professor.

"Os estudos estão no início, mas são animadores. As expectativas estão grandes por causa da qualidade dos anticorpos das lhamas e a expertise das instituições envolvidas", continuou.

Carla Celedônio, pesquisadora da Fiocruz Ceará, explicou que a Faculdade de Veterinária da UECE tem experiência no manejo e na reprodução de animais.

"E a Fiocruz tem experiência na estruturação da plataforma de desenvolvimento de nanocorpos. Acreditamos que o trabalho em parceria será exitoso", ressaltou a especialista.

Carla esclareceu que os nanocorpos são as menores frações de anticorpos capazes de reconhecer e neutralizar um antígeno.

"A partir do momento que identificarmos o nanocorpo de interesse, suas propriedades são melhoradas em laboratório para viabilizar um medicamento. Esses insumos podem ser usados tanto para a terapêutica como para o diagnóstico da doença", disse.

O trabalho, acrescentou a pesquisadora, está concentrado atualmente na covid-19, mas também analisa outras enfermidades, como febre amarela, zika e chikungunya.