Fase de transição começa hoje em SP; veja o que abre e o que fecha
A partir de deste domingo (18), todo o estado de São Paulo entra na nova "fase de transição" do Plano São Paulo, de controle da pandemia do novo coronavírus e retomada econômica.
Conforme anunciado pelo governo paulista na sexta-feira (16), o comércio e atividades religiosas passam a ser liberados com limite de ocupação e horários específicos. A partir do próximo sábado (24), uma segunda etapa desta fase libera outros serviços.
Apesar da nova fase, os números de casos, mortes e internações por covid-19 no estado continuam altos.
Veja o que está e o que não está permitido na primeira etapa da fase de transição, iniciada hoje:
Fecha
- Bares e restaurantes (só funcionam delivery, drive-thru ou retirada),
- Salões de beleza e barbearias,
- Cinemas, teatros e casas de show,
- Universidades (só cursos de saúde funcionam),
- Eventos, convenções e atividades culturais,
- Atividades com aglomeração,
- Academias de esporte e centros de ginástica,
- Concessionárias,
- Parques e zoológico,
- Permanece valendo o toque de recolher das 20h às 5h.
Abre
- Shoppings, galerias e comércio de rua (das 11h às 19h e com 25% de ocupação máxima)
- Igrejas e templos religiosos (25% de ocupação máxima)
- Farmácias e serviços de saúde,
- Mercados, supermercados e locais que vendam comida, mas sem consumo local,
- Escolas (retomada gradual com até 35% de ocupação) e cursos da área de saúde em universidades,
- Construção civil e indústria,
- Lavanderias,
- Serviços de segurança pública e privada,
- Empresas de locação de veículos.
O que mudou
Da fase vermelha para a de transição, na prática, só mudaram dois serviços:
- Reabertura do comércio, das 11h às 19h, com limite de 25% de ocupação,
- Liberação de missas e cultos presenciais, também com limite de 25% de ocupação.
O que é a "fase de transição"
Quando o Plano São Paulo foi lançado, no ano passado, o objetivo era acompanhar indicadores como ocupação dos leitos e números de casos, para avaliar se era possível retomar atividades econômicas e a circulação de pessoas.
Para isso, foram criadas cinco fases —que iam da vermelha (a mais restritiva, em que apenas os serviços essenciais devem funcionar) até a azul (de maior controle da pandemia).
No mês passado, a equipe de Doria criou a "fase emergencial", com mais restrições do que a vermelha. Uma delas era uma espécie de toque de recolher, para conter aglomerações das 20h às 5h. Agora, é a vez da "fase de transição" entre as cores vermelha e laranja, ainda que os indicadores epidemiológicos permaneçam altos.
"A ideia de criar essa fase intermediária, com retrações maiores que a fase laranja, é para que a gente acompanhe os números e daqui a 15 dias a gente tenha uma segurança maior de estabelecer as métricas do Plano São Paulo", disse o vice-governador Rodrigo Garcia. Doria não participou do anúncio.
Segundo João Gabbardo, coordenador-executivo do Centro de Contingência, a medida também se justifica para evitar que algumas regiões, como a Grande São Paulo, passem para a fase laranja, ainda mais flexível do que a fase atual, já na semana que vem.
Optou-se por fazer essa fase de transição, em que todo o estado continua com uma uniformidade de recomendações, o que facilita o controle, facilita que as pessoas não saiam de uma região para buscar outro serviço que está fechado, para outro serviço que está aberto em outra região.
João Gabbardo, coordenador-executivo do Centro de Contingência
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