Há 38 dias, covid mata mais de 2 mil em média no país; total supera 386 mil
Nos últimos sete dias, morreram no Brasil, em média, 2.514 pessoas por dia por conta da covid-19. Este é o 93º dia consecutivo com média móvel acima de mil. Há 38 dias, desde 17 de março, o índice tem se mantido acima de 2.000.
A taxa é atualizada com base na última atualização do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de saúde. Nas últimas 24 horas, foram registradas 2.866 mortes em todo o Brasil. Com isso, o país chegou a 386.623 óbitos pela doença.
A variação da média móvel de mortes, em comparação com a média de 14 dias atrás, foi de -17% —o que representa a maior tendência de queda desde 11 de novembro de 2020, quando a variação do índice foi de -27%.
Desde o início da pandemia, 14.238.110 de pessoas já foram infectadas pelo novo coronavírus, 65.971 das quais tiveram os diagnósticos oficializados entre ontem e hoje. Os dados não representam quando os óbitos e diagnósticos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases oficiais dos governos.
O estado de Roraima não atualizou os números de mortes e casos por conta de um feriado estadual. Além disso, hoje, o estado de São Paulo registrou uma queda conjunta nos indicadores de novos casos, óbitos e novas internações pela primeira vez em dois meses.
Em boletim divulgado nesta sexta-feira (23), o Ministério da Saúde, por sua vez, informou que foram computadas 2.914 novas mortes causadas pela covid-19 no Brasil nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, houve 386.416 óbitos provocados pela doença.
Pelos dados do governo federal, entre ontem e hoje houve 69.105 diagnósticos positivos para o novo coronavírus em todo o país, elevando o total de infectados para 14.237.078 desde março de 2020.
Segundo o governo federal, 12.711.103 pessoas se recuperaram da doença até o momento, com outras 1.139.559 em acompanhamento.
A pandemia nos estados
Quatro regiões do país apresentam queda na variação da média móvel de mortes: Centro-Oeste (-19%), Nordeste (-35%), Sudeste (-48%) e Sul (-31%). A região Norte, por sua vez, está em aceleração, com 104%. No geral, o Brasil apresenta um índice considerado de queda, de -17%, na variação de 14 dias.
São dez estados com estabilidade nos registros, enquanto dois apresentam alta e outros 14 estados e o DF estão em queda.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: estabilidade (2%)
- Minas Gerais: estabilidade (-6%)
- Rio de Janeiro: estabilidade (15%)
- São Paulo: queda (-23%)
Região Norte
- Acre: aceleração (27%)
- Amazonas: queda (-23%)
- Amapá: queda (-27%)
- Pará: aceleração (46%)
- Rondônia: estabilidade (-2%)
- Roraima: queda (-34%)
- Tocantins: queda (-25%)
Região Nordeste
- Alagoas: estabilidade (-4%)
- Bahia: estabilidade (-15%)
- Ceará: queda (-33%)
- Maranhão: estabilidade (-13%)
- Paraíba: queda (-24%)
- Pernambuco: estabilidade (7%)
- Piauí: queda (-26%)
- Rio Grande do Norte: queda (-17%)
- Sergipe: estabilidade (8%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-22%)
- Goiás: estabilidade (-12%)
- Mato Grosso: queda (-28%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-19%)
Região Sul
- Paraná: queda (-42%)
- Rio Grande do Sul: queda (-30%)
- Santa Catarina: queda (-31%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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