Brasil já tem mais mortes por covid-19 em 4 meses de 2021 do que em 2020
Com 1.316 novas mortes registradas nas últimas 24 horas, os quatro primeiros meses de 2021 já registram mais mortes por covid-19 no Brasil do que todo o ano de 2020. Neste domingo (25), o Brasil chegou a 390.925 óbitos pela doença, com uma média de 2.498 vítimas nos últimos sete dias. Os dados foram levantados pelo consórcio de veículos de imprensa integrado pelo UOL junto às secretarias estaduais de Saúde.
O crescimento do número de brasileiros mortos em 2021 é decorrência da segunda onda da doença no país, potencializada pelo surgimento de variantes. Nos quatro primeiros meses de 2021 foram computadas as mortes de 195.949 pessoas, contra um total de 194.975 em todo o ano de 2020.
A variação da média móvel de mortes, em comparação com a média de 14 dias atrás, foi de -20% —o que representa a maior tendência de queda desde 11 de novembro de 2020, quando a variação do índice foi de -27%.
O país também registrou mais 32.000 casos confirmados da doença, e agora chega a 14.339.412 contaminados pela doença.
Os dados não representam quando os óbitos e diagnósticos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases oficiais dos governos.
A pandemia nos estados
Quatro regiões do país apresentam queda na variação da média móvel de mortes: Centro-Oeste (-25%), Nordeste (-46%), Sudeste (-71%) e Sul (-17%). A região Norte, por sua vez, está em aceleração, com 166%. No geral, o Brasil apresenta um índice considerado de queda, de -20%, na variação de 14 dias.
São dez estados com estabilidade nos registros, enquanto um apresenta alta e outros 15 estados e o DF estão em queda.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: estabilidade (10%)
- Minas Gerais: estabilidade (-15%)
- Rio de Janeiro: estabilidade (-8%)
- São Paulo: queda (-27%)
Região Norte
- Acre: estabilidade (13%)
- Amazonas: estabilidade (-11%)
- Amapá: queda (-41%)
- Pará: aceleração (34%)
- Rondônia: estabilidade (2%)
- Roraima: queda (-41%)
- Tocantins: queda (-42%)
Região Nordeste
- Alagoas: estabilidade (-7%)
- Bahia: estabilidade (-14%)
- Ceará: estabilidade (-10%)
- Maranhão: queda (-28%)
- Paraíba: queda (-28%)
- Pernambuco: estabilidade (3%)
- Piauí: queda (-29%)
- Rio Grande do Norte: queda (-19%)
- Sergipe: estabilidade (2%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-24%)
- Goiás: queda (-28%)
- Mato Grosso: queda (-25%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-19%)
Região Sul
- Paraná: queda (-31%)
- Rio Grande do Sul: queda (-31%)
- Santa Catarina: queda (-30%)
Ministério da Saúde registra 1.305 mortes
Em boletim divulgado neste domingo, o Ministério da Saúde informou que o Brasil registrou 1.305 novas mortes provocadas pela covid-19 entre ontem e hoje. Desde o começo da pandemia, houve 390.797 óbitos causados pela doença.
Pelos dados do ministério, houve 32.572 casos confirmados de covid-19 no país nas últimas 24 horas, elevando o total de infectados para 14.340.787 desde março de 2020.
De acordo com o governo federal, 12.809.169 pessoas se recuperaram da doença até o momento, com outras 1.140.821 em acompanhamento.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.