Fauci: países ricos têm responsabilidade de frear covid-19 na Índia
O imunologista e consultor médico da Casa Branca, Anthony Fauci, criticou a postura de nações ricas em relação ao avanço da covid-19 na Índia. Nas últimas 24 horas, foram registrados cerca de 360 mil novos casos da doença no país asiático e o número de mortes lá chegou a 201 mil, segundo dados do governo indiano.
Em entrevista ao The Guardian australiano, Fauci disse que a situação na Índia mostra a desigualdade ao redor do planeta. Enquanto a OMS (Organização Mundial da Saúde) tenta acelerar a aplicação do plano Covax, que mandaria vacinas e outros suprimentos de emergência, os EUA têm enviado oxigênio, medicamentos e equipamentos de proteção pessoal, como máscaras.
O conselheiro da Casa Branca falou que em breve o governo americano deve liberar vacinas para a Índia. "Acho que cabe aos países ricos assumirem a responsabilidade. É uma situação trágica, em que as pessoas estão morrendo porque não há oxigênio, não há leitos de hospital suficiente", pontuou.
Fauci disse que, como o mundo hoje é interligado, todos estão juntos nesse momento. "Temos responsabilidades um com o outro, especialmente se você é uma nação rica lidando com outras que não têm recursos ou capacidades parecidas com as suas", completou.
No futuro, o imunologista espera que o monitoramento e a comunicação internacional sejam melhores para que ameaças à saúde sejam reconhecidas rapidamente. Além disso, ele falou acreditar que o coronavírus será mundialmente contido em algum momento.
A questão é quanto tempo levará, já que para Fauci é difícil chegar a esse ponto quando há nações que não lidam bem com a pandemia. "Se há infecção em um país com muitas pessoas imunossuprimidas, incluindo pacientes de HIV, e o vírus as contamina, então a doença não desaparece tão rápido e dá uma chance para o vírus sofrer mutações, o que desenvolve variantes adicionais", explicou.
No Brasil, o avanço do coronavírus voltou a piorar. Ontem, foram registrados mais de 3 mil óbitos causados pela doença em 24 horas, taxa mais alta de mortes desde o dia 21 de abril. Os números são do consórcio de imprensa de que o UOL faz parte, baseado nos dados das secretarias estaduais de saúde.
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