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Covid: após 6 dias, Brasil volta a ter mais de 3.000 mortes nas últimas 24h

Contando com os 76.085 diagnósticos registrados hoje, o país chegou a um total de 14.446.541 infectados, segundo consórcio de veículos de imprensa - Carlos Madeiro/UOL
Contando com os 76.085 diagnósticos registrados hoje, o país chegou a um total de 14.446.541 infectados, segundo consórcio de veículos de imprensa Imagem: Carlos Madeiro/UOL

Sara Baptista e Ricardo Espina

Do UOL e colaboração para o UOL, em São Paulo

27/04/2021 20h03Atualizada em 27/04/2021 20h30

Depois de seis dias com números relativamente mais baixos, o Brasil voltou a registrar hoje mais de 3.000 mortes por covid-19. Foram 3.120 óbitos confirmados nas últimas 24 horas. Com isso, o país chegou hoje a um total de 395.324 mortes pela doença desde o começo da pandemia. O patamar não era registrado desde 21 de abril, quando o país teve 3.157 mortes.

Nos últimos sete dias, morreram, em média, 2.399 pessoas por dia por complicações da infecção pelo coronavírus no Brasil. Este é o 97º dia consecutivo com média móvel acima de mil. Há 42 dias, desde 17 de março, o índice se mantém acima de 2 mil. Os números são do consórcio de imprensa de que o UOL faz parte, baseado nos dados das secretarias estaduais de saúde.

O número de casos confirmados do coronavírus no Brasil já ultrapassou a casa dos 14,4 milhões. Contando com os 76.085 diagnósticos registrados hoje, o país chegou a um total de 14.446.541. Os dados não representam quando os óbitos e diagnósticos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases oficiais dos governos.

O estado de Roraima não divulgou os números de casos e mortes registrados hoje.

Em boletim divulgado nesta terça-feira (27), o Ministério da Saúde informou que o Brasil computou 3.086 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, houve 395.022 óbitos causados pela doença.

Pelos dados do ministério, entre ontem e hoje houve 72.140 casos confirmados de covid-19 no país, elevando o total de infectados para 14.441.563 desde março de 2020. Desse total, 12.992.442 se recuperaram da doença, com outras 1.054.099 em acompanhamento.

A pandemia nos estados

Em quatro regiões brasileiras, a média móvel de mortes apresenta tendência de queda: Centro-Oeste (-20%), Nordeste (-51%), Sudeste (-89%) e Sul (-16%). A região Norte, por sua vez, tem um índice considerado estável, de -9%. No geral, o Brasil apresenta tendência de queda, de -20%, na variação de 14 dias.

São 12 estados com estabilidade nos registros, enquanto outros catorze e o DF estão em queda. Pelo segundo dia seguido, nenhum estado apresenta tendência de aceleração nas mortes por covid-19.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: estabilidade (-8%)
  • Minas Gerais: queda (-16%)
  • Rio de Janeiro: estabilidade (-15%)
  • São Paulo: queda (-31%)

Região Norte

  • Acre: estabilidade (-2%)
  • Amazonas: estabilidade (-8%)
  • Amapá: queda (-46%)
  • Pará: estabilidade (8%)
  • Rondônia: queda (-21%)
  • Roraima: queda (-26%)
  • Tocantins: queda (-39%)

Região Nordeste

  • Alagoas: estabilidade (-12%)
  • Bahia: estabilidade (-2%)
  • Ceará: estabilidade (-5%)
  • Maranhão: queda (-34%)
  • Paraíba: queda (-24%)
  • Pernambuco: estabilidade (0%)
  • Piauí: queda (-23%)
  • Rio Grande do Norte: estabilidade (10%)
  • Sergipe: estabilidade (1%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: queda (-26%)
  • Goiás: estabilidade (-12%)
  • Mato Grosso: queda (-25%)
  • Mato Grosso do Sul: queda (-20%)

Região Sul

  • Paraná: queda (-27%)
  • Rio Grande do Sul: queda (-28%)
  • Santa Catarina: queda (-23%)

O Brasil em números

Na primeira onda:

  • Maior número de mortes em 24 h: 1.554 (19/7)
  • Maior média móvel de óbitos: 1.097 (25/7)
  • Maior período com média acima de mil: 31 dias
  • Maior número de óbitos em uma semana: 7.679 (de 19/7 a 25/7)

Na segunda onda:

  • Maior número de mortes em 24 h: 4.211 (6/4)
  • Maior média móvel de óbitos: 3.125 (12/4)
  • Maior período com média acima de mil: 97 dias
  • Maior número de óbitos em uma semana: 21.172 (de 4/4 a 10/4)

As dez médias móveis mais altas foram registradas entre o fim de março e abril e foram todas acima de 2.900. São elas:

  • 12 de abril - 3.125
  • 1 de abril - 3.119
  • 11 de abril - 3.109
  • 13 de abril - 3.051
  • 10 de abril - 3.025
  • 14 de abril - 3.012
  • 2 de abril - 3.006
  • 31 de março - 2.971
  • 15 de abril - 2.952
  • 9 de abril - 2.938

Os cinco dias com maior número de mortes em toda a pandemia também ocorreram entre 31 de março e abril (os números não indicam quando os óbitos ocorreram de fato, mas, sim, quando passaram a contar dos balanços oficiais):

  • 6 de abril - 4.211
  • 8 de abril - 4.190
  • 31 de março - 3.950
  • 15 de abril - 3.774
  • 7 de abril - 3.733

Nove estados reportaram mais de cem mortes por covid-19 nas últimas 24 horas. Nestes locais, o total de vítimas soma 2.469:

  • São Paulo - 1.044
  • Rio de Janeiro - 361
  • Rio Grande do Sul - 192
  • Bahia - 191
  • Paraná - 153
  • Ceará - 150
  • Goiás - 137
  • Pará - 130
  • Santa Catarina - 111

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.