Covid: Com 2.545 novas mortes, Brasil tem 2º dia de média abaixo de 2 mil
Pelo segundo dia consecutivo, o Brasil registrou uma média móvel diária de mortes pela covid-19 abaixo de 2 mil. Foram 1.944 óbitos em média nos últimos sete dias, levando a uma nova tendência de queda nos registros, ainda que o país mantenha balanços diários muito altos.
Foram 2.545 novas mortes registradas nas últimas 24 horas, elevando o total para 428.256 óbitos desde o início da pandemia. Já o número de casos subiu para 15.361.686, com 76.638 novos diagnósticos registrados de ontem para hoje. Os dados foram obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de saúde.
Vale lembrar, porém, que os números não representam quando os óbitos e diagnósticos da doença de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases oficiais dos governos.
Devido ao represamento de dados que ocorre nas secretarias de saúde dos estados durante os fins de semana e feriados, a média móvel diária é o índice mais adequado para se analisar o comportamento da pandemia, segundo especialistas. A média de sete dias corrige essas flutuações nos números e torna possível observar se a doença está crescendo ou caindo no país e nos estados.
A média de hoje é comparada com o índice de 14 dias atrás —que é o tempo comum de manifestação da doença. Se essa variação fica acima de 15%, há aceleração, abaixo de -15% é desaceleração e, entre os dois índices, indica tendência de estabilidade.
Sendo assim, com a média desta quarta-feira, a variação é de -23% na comparação com duas semanas atrás, o que indica queda. Este é o segundo dia com tendência de queda após uma semana apresentando estabilidade.
Seis estados reportaram mais de cem mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas. A soma do total de vítimas desses locais (1.762) representa mais da metade do total de mortes no país registradas hoje:
- São Paulo - 696
- Minas Gerais - 373
- Rio de Janeiro - 282
- Ceará - 165
- Rio Grande do Sul - 142
- Pará - 104
No entanto, já são 112 dias em que a média diária de mortes fica acima de mil, indicando que, apesar da queda, os indicadores ainda estão elevados.
Dezenove estados e mais o Distrito Federal registraram queda enquanto outros sete estados apresentaram estabilidade. Pelo segundo dia, nenhum registrou tendência de alta
Todas as regiões apresentaram tendência de queda hoje: Centro-Oeste (-34%), Nordeste (-17%), Norte (-34%), Sudeste (-19%) e Sul (-29%).
Dados do Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde, por sua vez, divulgou que o Brasil registrou 2.494 novas mortes causadas pela covid-19 entre ontem e hoje. Desde o começo da pandemia, houve 428.034 óbitos provocados pela doença.
Pelos números da pasta, houve 76.692 casos confirmados de covid-19 no país nas últimas 24 horas, elevando para 15.359.397 o total de infectados desde março de 2020.
Adicionalmente, 13.924.217 pessoas se recuperaram da covid-19 até o momento. Outras 1.007.146 seguem em acompanhamento.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: queda (-27%)
- Minas Gerais: queda (-18%)
- Rio de Janeiro: estável (-8%)
- São Paulo: queda (-23%)
Região Norte
- Acre: queda (-43%)
- Amazonas: queda (-40%)
- Amapá: queda (-21%)
- Pará: queda (-38%)
- Rondônia: queda (-16%)
- Roraima: estável (-14%)
- Tocantins: queda (-36%)
Região Nordeste
- Alagoas: queda (-19%)
- Bahia: estável (-14%)
- Ceará: queda (-20%)
- Maranhão: estável (-15%)
- Paraíba: estável (-8%)
- Pernambuco: queda (-29%)
- Piauí: estável (-13%)
- Rio Grande do Norte: queda (-29%)
- Sergipe: estável (8%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-26%)
- Goiás: queda (-47%)
- Mato Grosso: queda (-33%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-16%)
Região Sul
- Paraná: queda (-34%)
- Rio Grande do Sul: queda (-23%)
- Santa Catarina: queda (-30%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de saúde das 27 unidades da federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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