Com aumento de casos, Doria recua e adia flexibilização em SP em 14 dias
O governador João Doria (PSDB) decidiu hoje suspender a flexibilização maior das medidas restritivas em vigor no estado, que estava programada para ter início no mês de junho, a partir da próxima terça-feira (1º). O motivo foi o aumento de casos de covid-19 registrado nas últimas semanas.
O novo avanço da pandemia deixou em alerta o Centro de Contingência do Coronavírus, que aconselhou o governador a recuar do anúncio feito na semana passada. A informação foi antecipada pelo UOL e confirmada em entrevista coletiva do governo paulista sobre a pandemia.
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O governo do estado de SP prorroga a fase de transição até o dia 14 de junho, mantendo o funcionamento das atividades econômicas até as 21h. Exatamente nos moldes em que vem operando atualmente [...] Os indicadores da pandemia recomendam cautela nesse momento, e é cautela que estamos adotando."
João Doria, governador de SP
Agora, o estado permanecerá na fase de transição do Plano São Paulo por pelo menos mais 14 dias a partir de 1º de junho. Ou seja, uma nova flexibilização só deve ser considerada a partir do dia 15 do mês que vem.
Nós tivemos também uma avaliação essa semana de que não seria ainda o momento de avançar como havia pensado na semana anterior, e hoje nós temos aqui a extensão para continuarmos caminhando dessa forma. Houve um aumento na incidência de casos.
Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência
"A fase de transição foi prorrogada por duas semanas, até o dia 14 de junho, quando começamos a próxima etapa, que é a da expansão do horário de ocupação [...] Lembrando que esse momento requer muita cautela, mas nós precisamos cumprir esses protocolos e respeitar o toque de recolher", reforçou a secretária de Desenvolvimento Econômico do estado, Patricia Ellen.
Entre junho e julho, o estado fará eventos-teste para avaliar a possibilidade de retomar mais atividades econômicas e de entretenimento em meio à pandemia de covid-19 no segundo semestre. Entre os eventos, estão três festas planejadas para acontecerem na capital e no interior já na segunda quinzena de junho.
De acordo com o último boletim de Secretaria Municipal da Saúde, divulgado ontem, a taxa de ocupação nos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) que atendem o SUS (Sistema Único de Saúde) na cidade é de 80%. Se considerados apenas os leitos destinados a pacientes com covid-19, a taxa sobe para 85%.
Conforme levantamento do Instituto Infotracker, da Universidade de São Paulo, feito a pedido do UOL, a média de contaminações — calculada com base nos sete dias anteriores — que já era alta, tem subido progressivamente em maio. Isso, aliado à queda no ritmo de vacinas aplicadas no estado, voltou a colocar no horizonte um possível agravamento da pandemia.
Até o dia 8 de maio, o número vinha em queda. Desde então, vem aumentando progressivamente. Até a última segunda-feira (24), São Paulo registrou média de casos de 13.697.
Por outro lado, a vacinação contra a covid-19 tem desacelerado no país em meio ao atraso no envio de insumos da vacina CoronaVac, do Instituto Butantan, e da Astrazeneca, produzida pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
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