Covid: Com 2.346 novas mortes, Brasil tem a maior média de óbitos em 8 dias
O Brasil registrou hoje 2.346 novas mortes de covid-19 e ultrapassou a marca dos 465 mil óbitos desde o início da pandemia. Com isso, o país apresentou a maior média diária de mortes dos últimos oito dias. Os dados são obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de saúde.
Ao todo o país já registra 465.312 mortes pela doença. Além disso, nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 77.898 novos casos da doença. Desde o começo da pandemia, foram realizados 16.625.572 diagnósticos de coronavírus.
Os dados não representam quando os óbitos e diagnósticos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases oficiais dos governos.
A média móvel de mortes ficou em 1.870, o maior registro desde o dia 25 de maio. Ainda assim, o país teve uma variação de -4%, o que indica o 14º dia seguido com tendência de estabilidade.
Este número está acima de 1.000 há 132 dias. Durante a chamada primeira onda, o maior tempo que a média móvel ficou acima de mil foi 31 dias.
A média de hoje é comparada com o índice de 14 dias atrás —que é o tempo comum de manifestação da doença. Se essa variação fica acima de 15%, há aceleração, abaixo de -15% é desaceleração e, entre os dois índices, indica tendência de estabilidade.
O estado do Tocantins não informou os dados de casos e mortes hoje.
Cinco estados reportaram mais de cem mortes por covid-19 nas últimas 24 horas. A soma do total de vítimas destes locais (1.575) representa mais do que a metade do total de mortes no país:
- São Paulo - 836
- Rio de Janeiro - 256
- Paraná - 208
- Rio Grande do Sul - 162
- Ceará - 113
Com isso, sete estados registraram queda na variação da média móvel, enquanto outros 14 estados e o Distrito Federal apresentaram estabilidade. Cinco registraram alta: Roraima (32%), Maranhão (16%), Paraíba (22%), Pernambuco (16%) e Mato Grosso do Sul (59%).
Das regiões, apenas o Norte apresentou queda (-25%). As demais tiveram estabilidade: Centro-Oeste (1%), Nordeste (3%), Sudeste (-6%) e Sul (1%).
Dados do Ministério da Saúde
Em boletim divulgado nesta terça-feira (1º), o Ministério da Saúde informou que o Brasil registrou 2.408 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, a doença provocou 465.199 óbitos no país.
Pelos números do ministério, entre ontem e hoje houve 78.926 casos confirmados de covid-19 em todo o Brasil. O total de infectados chegou a 16.624.480 desde março de 2020.
Segundo o governo federal, 15.068.146 pessoas se recuperaram da doença até o momento no país, com outras 1.091.135 em acompanhamento.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: queda (-26%)
- Minas Gerais: estável (-4%)
- Rio de Janeiro: queda (-27%)
- São Paulo: estável (4%)
Região Norte
- Acre: queda (-33%)
- Amazonas: queda (-48%)
- Amapá: estável (6%)
- Pará: queda (-38%)
- Rondônia: estável (-9%)
- Roraima: alta (32%)
- Tocantins: estável (14%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (15%)
- Bahia: estável (15%)
- Ceará: estável (-6%)
- Maranhão: alta (16%)
- Paraíba: alta (22%)
- Pernambuco: alta (16%)
- Piauí: queda (-40%)
- Rio Grande do Norte: estável (-2%)
- Sergipe: estável (-15%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: estável (-2%)
- Goiás: queda (-18%)
- Mato Grosso: estável (-6%)
- Mato Grosso do Sul: alta (59%)
Região Sul
- Paraná: estável (-3%)
- Rio Grande do Sul: estável (2%)
- Santa Catarina: estável (8%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de saúde das 27 unidades da federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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