Três pacientes morrem por falta de oxigênio em AME de Santo André (SP)
Duas mulheres e um homem — todos com covid-19 — morreram hoje por falta de oxigênio na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do AME (Ambulatório Médico de Especialidades), em Santo André, região metropolitana de São Paulo. As vítimas, que não foram identificadas, são uma senhora de 81 anos e uma mulher e um homem de 41 anos.
Segundo o SP1, da TV Globo, a direção do AME declarou que a falta de oxigênio ocorreu em razão de uma falha técnica. Manuel Miranda, diretor-geral do ambulatório, explicou à emissora que houve "um problema no backup do oxigênio", fazendo com que o gás não fosse repassado corretamente aos pacientes.
A Secretaria de Estado da Saúde informou ao UOL que determinou a abertura de uma sindicância no AME em razão das mortes ocorridas na unidade e "também determinou que a Fundação ABC, organização social de saúde gestora da unidade, afaste temporariamente todos os eventuais responsáveis até que os fatos sejam apurados".
A pasta ainda explicou que a manutenção da usina de oxigênio do ambulatório já foi realizada e o serviço foi completamente normalizado no local. "A Secretaria e o AME se solidarizam com as famílias e tomarão as providências cabíveis", declarou.
Prefeitura diz que pedido de apoio demorou
Em nota enviada ao UOL, a Prefeitura de Santo André afirmou que o pedido de apoio feito pelo AME, que é de responsabilidade estadual, demorou a ser feito, prejudicando a possibilidade de socorro dos pacientes. Ainda assim, a gestão do prefeito Paulo Serra (PSDB) afirma que prestou auxílio "prontamente" quando foi acionada.
"A Prefeitura de Santo André foi acionada para prestar auxílio, por meio do Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência] que prontamente levou ao AME cilindros de oxigênio. Infelizmente, o pedido de apoio tardou e, ao chegar ao local, os pacientes já tinham vindo a óbito", afirmou a gestão municipal.
A nota diz ainda que a Prefeitura de Santo André "lamenta profundamente o ocorrido e se indigna que uma grave falha técnica tenha gerado consequências tão devastadoras". A administração municipal diz que vai "acompanhar as apurações sobre o ocorrido e cobrar as devidas providências".
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