Em SP, maioria dos faltosos na 2ª dose têm dificuldade para sair de casa
Até domingo (6), cerca de 100 mil pessoas ainda não haviam tomado a segunda dose da vacina contra a covid-19 na cidade de São Paulo. A grande maioria delas não é negacionista nem esquecido. São pessoas com alguma dificuldade para sair de casa.
Em ação conjunta com o governo estadual, a Prefeitura de São Paulo conseguiu diminuir o número de atrasados quase pela metade em uma semana. De 197 mil na segunda (31) para cerca de 100 mil anteontem.
A estratégia principal para contemplar os faltosos tem sido a chamada "busca ativa". Na semana passada, profissionais de saúde passaram a entrar em contato com a pessoa ou com um familiar de quem não compareceu à segunda dose para entender o motivo do atraso.
Com as ligações, a prefeitura descobriu que perfil predominante é de pessoas que, quando completaram a janela entre uma dose e outra, estavam com problemas de locomoção.
Se a pessoa ainda tem a dificuldade, uma equipe de saúde vai até a casa dela. Se já se recuperou, é encaminhada ao local mais próximo de vacinação com a garantia da dose.
"Conseguimos encontrar pessoas que não podem se locomover; 99% das pessoas que nós alcançamos durante a semana estavam acamadas, sem poder se levantar para tomar a segunda dose", afirma Edson Aparecido, secretário municipal de Saúde de São Paulo.
As vacinas têm janelas diferentes entre suas doses. A CoronaVac, do Instituto Butantan em parceria com a Sinovac, tem intervalo de 21 dias, enquanto a AstraZeneca/Oxford e a Pfizer, de 12 semanas.
Segundo Aparecido, 36 mil (37%) das quase 97 mil doses aplicadas durante a semana foram nas residências dos faltosos. "As equipes traçam trajetos para que consiga vacinar o maior número possível com mais eficiência", conta o secretário.
Aliado a isso, o governo de São Paulo também promoveu o "Dia D da Vacinação", um megaevento voltado aos atrasados com mais de 5.000 pontos espalhados pelo estado. Ao todo, foram 119.400 segundas doses aplicadas no dia, 33 mil delas só na capital.
Ainda assim, pelo menos 333 mil pessoas ainda estão com o seu esquema vacinal atrasado no estado, das quais 100 mil só na capital.
"Queremos e precisamos avançar mais, pois somente com a segunda dose é possível garantir a proteção", afirmou Regiane de Paula, coordenadora do PEI (Programa Estadual de Imunização), após a ação no sábado.
A estratégia? Continuar a procurar as pessoas nas suas casas. A capital já retomou o trabalho de busca ativa ontem (7). "Avançamos, mas ainda não foi o suficiente. Agora, nós vamos continuar com esse trabalho de busca ativa durante a semana, porque é ele que está sendo fundamental", afirma Aparecido.
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