Queiroga pede que estados sigam PNI:'Não pode ser Torre de Babel da vacina'
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, voltou a pedir hoje que os estados e municípios sigam as orientações federais sobre a aplicação das vacinas contra covid-19 e criticou aqueles que adotam planos diferentes.
"O que ocorre é que alguns municípios, sobretudo os maiores da federação, ficam criando esquemas diferentes e depois dizem que o Ministério da Saúde não entrega doses, atrasa as doses. O Ministério da Saúde só entra com o ônus o tempo inteiro", afirmou ele à Comissão Temporária da covid-19 no Senado. "Temos que falar a mesma língua, não pode ser a Torre de Babel da vacina."
Queiroga disse que se cada cidade fizer o próprio plano, o Ministério não consegue garantir a entrega das vacinas. Na semana passada, a pasta emitiu uma nota dizendo o mesmo, e acrescentando que as alterações nas recomendações do plano federal poderiam influenciar a segurança das vacinas e causar falta de doses.
O PNI prevê a aplicação da terceira dose a partir do dia 15, para idosos com 70 anos ou mais, usando as vacinas da Pfizer ou AstraZeneca.
O comunicado do Ministério foi emitido pouco depois de o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) anunciar que o estado não seguiria o PNI. Sem citar diretamente o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Doria justificou que, diferentemente do governo federal, a gestão estadual prioriza a ciência.
São Paulo anunciou um calendário para a terceira dose que contempla pessoas a partir de 60 anos. O estado começou a aplicar o reforço na última segunda, usando majoritariamente a CoronaVac.
A cidade do Rio de Janeiro também já está aplicando a dose adicional em idosos residentes em instituições de longa permanência desde o dia 1º.
Estoque vencido é um 'problema'
O ministro também falou sobre as vacinas, remédios e outros itens, avaliados em R$ 243 milhões, que passaram da validade. O fato foi revelado em reportagem da Folha. Ele reconheceu ser um 'problema', mas negou que tenha havido negligência.
"Em relação a insumos vencidos, realmente esse é um problema. Esses insumos, não é que o ministério deixa vencer por negligência. É porque se compra em quantidade, há insumos aí que foram adquiridos em governos, dois governos anteriores ao governo do presidente Bolsonaro e não foram distribuídos", disse ele à comissão.
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