Mandetta: Fim da obrigatoriedade de máscaras deve ser discutido com cautela
O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) disse hoje, ao chegar para a reunião do DEM que definiu a fusão com o PSL, que o fim da obrigatoriedade de máscaras deve ser discutido com cautela no Brasil em meio à pandemia do novo coronavírus.
Nesta semana, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD-RJ) indicou que a capital fluminense pode desobrigar o uso do item de proteção em ambientes externos ainda em outubro. Na cidade de São Paulo, estudos vão guiar a política sobre máscaras, mas o fim da obrigatoriedade também pode ocorrer neste ano.
"Esse é um debate que vai acontecer a partir do momento que você vai aumentando a vacinação completa, estamos chegando em todo território nacional a 50%. Alguns estados mais à frente, outros mais atrás. Acho que deve ser um debate com muita cautela, porque ainda tem muita transmissão viral, ainda estamos perdendo 500 pessoas em média por dia", disse Mandetta.
De acordo com Mandetta, o arrefecimento da pandemia no Brasil não significa que ela está controlada. Por isso, ele acredita que a discussão em relação a máscaras deve ser regionalizada, mas há espaço para ainda neste semestre mudar a recomendação.
"A doença ainda está distante de controlarmos. Tem que insistir na vacina, vacinar os que não foram vacinados e gradativamente ir fazendo essa discussão que vai ser muito mais por localidade para depois fazer a discussão nacional. Mas eu acho que esse semestre vai ter espaço para isso", disse.
Discussão no Rio
Citando uma ata do Comitê Científico da Prefeitura em agosto, Paes disse na última segunda-feira (4) que o uso de máscaras em ambientes ao ar livre, sem aglomeração, poderá ser desobrigado na cidade do Rio de Janeiro já no próximo dia 15 de outubro.
No documento, a segunda etapa de redução das medidas restritivas prevê que, com 65% da população com esquema vacinal completo, haverá desobrigação no uso de máscaras em locais abertos sem aglomeração, mantendo sua utilização obrigatória onde não se consiga manter o distanciamento.
A possível mudança foi criticada por especialistas da área da saúde ouvidos pelo UOL. "Esse é um vírus que surfa nas oportunidades. E o que a gente tem que fazer é não dar oportunidade", disse Flávio Guimarães da Fonseca, presidente da SBV (Sociedade Brasileira de Virologia) e virologista da UFMG (Universidade Federal de Minais Gerais).
*Colaborou Fábio Castanho
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