"Não é o momento de flexibilizar máscaras", diz Gabbardo sobre reabertura
Ainda não é a hora de flexibilizar o uso de máscaras no estado de São Paulo, segundo o Comitê Científico, que auxilia o governo paulista nas decisões sobre a pandemia de covid-19. João Gabbardo, coordenador-executivo do comitê, disse hoje que, mesmo com a melhora nos indicadores, ainda não há uma data prevista para a liberação.
Em coletiva, Gabbardo afirmou que ainda é momento de transição e avaliação. Além disso, o grupo de médicos avalia recomendar o uso obrigatório do protetivo em alguns ambientes, como hospitais, mesmo após o fim da pandemia.
A posição do Comitê Científico do Estado de SP é que não é o momento de nós flexibilizarmos a utilização das máscaras, apesar dos números estarem muito positivos. Estamos passando por uma transição, com flexibilizações importantes: volta às aulas, presença de público em espetáculos, redução da medida de distanciamento de 1 metro. Precisamos acompanhar qual será o impacto das modificações nos indicadores."
João Gabbardo, coordenador-executivo do Comitê Científico
Segundo ele, não há uma data definida para esta liberação. O grupo está analisando um "conjunto de indicadores relacionados à transmissibilidade da doença" que deverá apontar para o momento mais adequado para a flexibilização.
A expectativa é que, primeiro, os protetivos sejam liberados em locais abertos, onde estudos já comprovam que a transmissão é inferior. Depois, em locais fechados —a depender do local.
"É diferente caminhar na areia de praia e estar em uma área de comércio", argumentou Gabbardo.
A posição de cautela, assumida mais de uma vez pelo comitê, busca evitar ter de voltar atrás após uma liberação precoce. "O governo tem recebido pedidos de setores, como o de eventos, para não flexibilizarmos. Todos têm receio de que ter que retroceder, e nós não queremos retroceder", afirmou o coordenador-executivo.
Outra avaliação que o comitê está fazendo é recomendar o uso obrigatório de máscaras em alguns locais mesmo após o fim da pandemia.
"Nos hospitais, as UTIs e principalmente os centros cirúrgicos, a máscara é obrigatória para evitar a transmissão de doenças. Então vamos propor ao governo que em ambiente hospitalar o uso da máscara seja obrigatório mesmo depois da pandemia."
De acordo com a Fundação Seade, que coleta dados sobre covid no estado, São Paulo soma 4,39 milhões de casos da doença e 151,2 mil mortes. A taxa de ocupação das UTIs destinadas a pacientes infectados pelo coronavírus está em 28,1% —já chegou a mais de 90% no começo deste ano. Nas enfermarias, o índice é de 20,8%.
Corujão da Oftalmologia
O governo anunciou também uma nova fase do Corujão da Saúde, campanha de assistência à saúde na madrugada, voltado à oftalmologia, a partir de amanhã (21).
Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, serão oferecidos cerca de 51 mil procedimentos entre consultas, exames e cirurgias, com um investimento de R$ 14 milhões.
A medida busca zerar a demanda reprimida de procedimentos oftalmológicos em 46 AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidades) de todas as regiões do estado e em 10 hospitais da rede pública. Serão oferecidos 23.112 exames de dez tipos diferentes, 16.077 cirurgias de catarata e retina e 11.794 consultas médicas.
Os procedimentos serão realizados em 46 AMEs de todas as regiões do estado da rede da secretaria. Estes serviços irão oferecer agendas extras em horários alternativos para zerar a demanda reprimida.
"Os horários serão estendidos nas várias unidades, cada qual tem o seu, que será enviado para os seus pacientes, para que possamos também utilizar os períodos diurnos e noturnos', informou o secretário Jean Gorinchteyn.
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