Com 66 mortes em 24 h, Brasil completa 15 dias com média abaixo de 300

O Brasil completou 15 dias com a média móvel de mortes marcando números abaixo de 300 óbitos por covid-19. Hoje, em média, 255 perderam suas vidas. Nas últimas 24 horas, foram registradas 66 mortes no país pela doença.

Ao todo, 611.384 pessoas perderam suas vidas para a doença no país. Os dados foram obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de Saúde.

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A média móvel é o indicador que corrige as flutuações nos dados das secretarias de saúde que ocorrem aos fins de semana e feriados. A média dos últimos sete dias é comparada com o mesmo índice de 14 dias atrás.

Os estados do Acre, Amapá, Roraima e Sergipe não registraram nenhuma morte por covid-19 no último dia. O Distrito Federal não atualiza os dados da pandemia aos finais de semana e feriados.

É o segundo dia seguido em que o Brasil apresenta tendência de estabilidade, com -2%. O país vinha em queda desde o dia 1º de novembro até o dia 13 do mesmo mês, quando o patamar ficou estável novamente.

Seis estados e o DF estão em tendência de queda, enquanto nove estados registram estabilidade e nove estão em aceleração.

Nenhuma região do país apresentou tendência de queda. Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul estão estáveis. O Norte segue em aceleração (65%) pelo quinto dia seguido.

Hoje também foram registrados 2.835 novos casos de coronavírus no país. Desde o início da pandemia, em março do ano passado, já foram registrados 21.958.306 diagnósticos positivos da doença.

Dados do Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde divulgou hoje que o Brasil computou 63 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, a doença causou 611.346 óbitos em todo o país.

Pelos números informados pela pasta, houve 2.799 testes positivos para a covid-19 no Brasil entre ontem e hoje, elevando o total de infectados para 21.960.766 desde março de 2020.

De acordo com o governo federal, houve 21.162.046 casos recuperados da doença até agora, com outros 187.374 em acompanhamento.

São Paulo estuda liberar uso de máscaras, mas se apoia em dados defasados

Para liberar o uso de máscaras de proteção em ambientes abertos no mês de dezembro, o governo de São Paulo traça um cenário ideal dos dados da pandemia para que a decisão seja tomada de forma segura. O monitoramento, no entanto, está comprometido.

Há dois meses não é possível saber ao certo quantas pessoas registram testes positivos para a covid-19 no estado, conforme apontam levantamentos do Infotracker, instituto de análise de dados da USP e da Unesp, e de uma rede de pesquisa do Facebook, apoiada pelo Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde).

O foco do problema é uma instabilidade na plataforma e-SUS Notifica, do Ministério da Saúde. Outros estados também lidam com a subnotificação no número de casos.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.