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Com dados afetados, Brasil chega a 7º dia de média abaixo de 200

Nas últimas 24 horas, foram registradas 229 mortes por covid-19 no Brasil. No total, o país já teve 616.733 óbitos pela doença - Lucas Silva/Agif
Nas últimas 24 horas, foram registradas 229 mortes por covid-19 no Brasil. No total, o país já teve 616.733 óbitos pela doença Imagem: Lucas Silva/Agif

Sara Baptista, Ricardo Espina e Leonardo Martins

Do UOL e colaboração para o UOL, em São Paulo

10/12/2021 20h05Atualizada em 10/12/2021 21h53

O Brasil completou hoje uma semana com a média móvel de mortes abaixo de 200. Hoje, este dado ficou em 183. A informação é calculada a partir dos números obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de Saúde.

Porém, o ataque hacker aos sistemas do Ministério da Saúde, que aconteceu nesta madrugada, afetou a divulgação de casos e mortes. Quatro estados (Acre, Rondônia, Roraima e Tocantins) não informaram seus números hoje. Outros estados também podem ter sido afetados pelo problema, divulgando dados parciais.

A média móvel é o indicador que corrige as flutuações nos dados das secretarias de saúde que ocorrem aos fins de semana e feriados. Às segundas-feiras, por exemplo, os números de casos e mortes costumam ser mais baixos devido ao represamento de dados que acontece nos fins de semana.

A média dos últimos sete dias é comparada com o mesmo índice de 14 dias atrás. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda; acima de 15%, aceleração; entre esses dois valores, estabilidade.

Nas últimas 24 horas, foram registradas 229 mortes por covid-19 no Brasil. No total, o país já teve 616.733 óbitos pela doença.

O país apresenta tendência de queda na média móvel, com redução de 21%. Também estão em queda os dados de 15 estados e do Distrito Federal, enquanto seis estados tendem à estabilidade. Cinco unidades da federação seguem em aceleração.

As regiões Sul (-28%), Sudeste (-19%), Norte (-22%) e Centro-Oeste (-51%) apresentam tendência de queda. O Nordeste (-1%) está em estabilidade.

Desde as 20h de ontem, também foram registrados 7.293 novos casos de coronavírus no país — em média, foram 7.795 diagnósticos. O número total de testes positivos chegou a 22.182.820.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

  • Espírito Santo: queda (-43%)
  • Minas Gerais: alta (18%)
  • Rio de Janeiro: queda (-27%)
  • São Paulo: queda (-23%)

Região Norte

  • Acre: estável (0%)
  • Amazonas: queda (-60%)
  • Amapá: queda (-50%)
  • Pará: estável (0%)
  • Rondônia: estável (-28%)
  • Roraima: queda (-13%)
  • Tocantins: queda (-25%)

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-36%)
  • Bahia: queda (-13%)
  • Ceará: alta (39%)
  • Maranhão: estável (0%)
  • Paraíba: queda (-38%)
  • Pernambuco: queda (-22%)
  • Piauí: alta (27%)
  • Rio Grande do Norte: queda (-25%)
  • Sergipe: alta (33%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: queda (-53%)
  • Goiás: queda (-71%)
  • Mato Grosso: queda (-19%)
  • Mato Grosso do Sul: alta (89%)

Região Sul

  • Paraná: estável (4%)
  • Rio Grande do Sul: queda (-33%)
  • Santa Catarina: queda (-29%)

Apagão de dados

O ataque hacker fez com que os sistemas do Ministério da Saúde ficassem instáveis ou fora do ar por algum período de tempo e voltaram a funcionar. Mas os dados relacionados à vacinação contra a covid-19 seguem indisponíveis.

O secretário-executivo da Saúde, Rodrigo Cruz, disse que ainda é cedo para saber se esses dados foram perdidos. A Polícia Federal e o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) investigam o caso.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.