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Covid: Com instabilidade, média de mortes fica abaixo de 200 pelo 10º dia

O número de novos testes positivos de covid também foi afetado pelo problema nos sistemas. Desde as 20h de ontem foram registrados 1.865 - JORGE HELY/ FRAMEPHOTO/ ESTADÃO CONTEÚDO
O número de novos testes positivos de covid também foi afetado pelo problema nos sistemas. Desde as 20h de ontem foram registrados 1.865 Imagem: JORGE HELY/ FRAMEPHOTO/ ESTADÃO CONTEÚDO

Sara Baptista, Ricardo Espina e Leonardo Martins

Do UOL e colaboração para o UOL, em São Paulo

13/12/2021 20h10

Os sistemas do Ministério da Saúde ainda estão instáveis após um ataque hacker ter derrubado os sites na última sexta-feira (10). Com isso, os dados sobre a pandemia de covid-19 continuam afetados e uma série de estados não atualizaram suas informações hoje.

Os dados são obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de Saúde. Estes órgãos usam sistemas do SUS e do Ministério da Saúde para fazer os registros de novos casos, mortes e vacinação e, por isso, muitas unidades da federação não conseguiram informar os dados atualizados.

Bahia, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins não atualizaram nem casos, nem mortes hoje. O Amapá só informou o número de novos casos.

Assim, o país registrou apenas 39 mortes nas últimas 24 horas, o que manteve a média móvel de óbitos abaixo de 200 pelo 10º dia consecutivo. Hoje, este dado foi 170.

Além do problema dos sistemas, às segundas-feiras os números já costumam vir mais baixos devido a um represamento de dados que acontece aos finais de semana.

A média móvel é o indicador que corrige as flutuações nos dados das secretarias de saúde que ocorrem aos fins de semana e feriados. Às segundas-feiras, por exemplo, os números de casos e mortes costumam ser mais baixos devido ao represamento de dados que acontece nos fins de semana.

A média dos últimos sete dias é comparada com o mesmo índice de 14 dias atrás. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda; acima de 15%, aceleração; entre esses dois valores, estabilidade.

No total, 616.980 pessoas já morreram em decorrência da covid-19 no Brasil.

Entre os estados que estão com os dados atualizados, há sete em tendência de queda, seis em estabilidade e três em alta. Todas as regiões do país apresentam tendência de queda — Sul (-41%), Sudeste (-27%), Norte (-22%) e Centro-Oeste (-43%) e Nordeste (-27%). Em todo o país, a tendência é de queda, com baixa de 26%.

O número de novos testes positivos de covid também foi afetado pelo problema nos sistemas. Desde as 20h de ontem foram registrados 1.865 novos casos. A média móvel ficou em 6.173. O total de casos confirmados da doença está em 22.189.214.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

  • Espírito Santo: queda (-51%)
  • Minas Gerais: estável (5%)
  • Rio de Janeiro: dados afetados pelo apagão
  • São Paulo: dados afetados pelo apagão

Região Norte

  • Acre: estável (0%)
  • Amazonas: queda (-86%)
  • Amapá: dados afetados pelo apagão; só divulgou número de casos
  • Pará: queda (-33%)
  • Rondônia: dados afetados pelo apagão
  • Roraima: alta (33%)
  • Tocantins: dados afetados pelo apagão

Região Nordeste

  • Alagoas: estável (-7%)
  • Bahia: dados afetados pelo apagão
  • Ceará: queda (-36%)
  • Maranhão: estável (0%)
  • Paraíba: dados afetados pelo apagão
  • Pernambuco: estável (-4%)
  • Piauí: queda (-27%)
  • Rio Grande do Norte: estável (-10%)
  • Sergipe: alta (67%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: queda (-45%)
  • Goiás: queda (- 72%)
  • Mato Grosso: alta (46%)
  • Mato Grosso do Sul: dados afetados pelo apagão

Região Sul

  • Paraná: dados afetados pelo apagão
  • Rio Grande do Sul: dados afetados pelo apagão
  • Santa Catarina: dados afetados pelo apagão

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.