Aparecido: São Paulo pode vacinar crianças rapidamente, mas é preciso doses
O secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido disse hoje, em entrevista à CNN, que a cidade é capaz de vacinar rapidamente as crianças contra a covid-19, desde que as doses sejam fornecidas pelo Ministério da Saúde.
Na semana passada a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) deu aval para que crianças de 5 a 11 anos sejam imunizadas com doses da Pfizer, mas o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse ontem que não pretende acelerar as decisões sobre o tema.
"Temos uma logística muito grande em São Paulo, somos a capital do mundo que mais vacina. Foram quase 24 milhões de doses aplicadas. Nossa condição de logística de vacinação é muito rápida, só temos que ter a vacina", afirmou.
Aparecido disse esperar que a pasta se posicione "o mais rápido possível'. Ontem, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski prorrogou para o dia 5 de janeiro o prazo para que o governo informe seus planos sobre a vacinação para esta faixa etária.
Embora as crianças sejam menos afetadas pela doença que maiores de 60 anos e pessoas com comorbidades, o secretário alertou que o número de óbitos nesta faixa etária devido à covid-19, se comparado com outras doenças, é "preocupante".
"Embora não sejam tão atingidas, [as crianças] são potenciais transmissoras sobretudo porque muitas crianças e adolescentes moram em casas com idosos. Por isso, vacinar essa faixa etária o mais rapidamente possível é imprescindível", disse.
Entidades publicam parecer à Anvisa favorável
As sociedades brasileiras de Imunizações (SBIm), Pediatria (SBP) e Infectologia (SBI) decidiram tornar público o parecer enviado à Anvisa em que defendem a vacinação contra a covid-19 das crianças. A divulgação do documento acontece após o órgão e seus servidores serem atacados por ter liberado a imunização infantil.
No parecer, as entidades ressaltam que, de acordo com os dados oficiais do Ministério da Saúde, o impacto da covid-19 na população infantil brasileira é relevante, com milhares de hospitalizações e centenas de morte pela doença. As sociedades representativas argumentam que estudos até a fase 3 em crianças mostram que a resposta de anticorpos é similar à registrada em adolescentes e adultos.
As entidades médicas ainda destacam que não foram observados nesses estudos eventos adversos graves associados à vacinação e ressaltam que, nos Estados Unidos, mais de cinco milhões de doses da Pfizer já foram aplicadas nesse grupo de crianças, sem eventos de preocupação.
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