Apagão faz SUS ignorar internações em alta e atrasa respostas a epidemias
O apagão de dados após o ataque hacker aos sistemas do Ministério da Saúde impede, há mais de dez dias, o SUS (Sistema Único de Saúde) de ter informações em tempo real sobre a curva crescente na busca de pessoas a hospitais pelo país com sintomas gripais.
Segundo fontes ouvidas pelo UOL, a falta de informações afeta de forma decisiva a avaliação de como está se comportando não só a covid-19, mas também a gripe —que tem gerado uma alta de hospitalizações em muitos estados.
Sem elas, o SUS atrasa seu poder de respostas em meio à circulação de dois vírus ao mesmo tempo —que muitas vezes causam sintomas semelhantes nos infectados.
Além dos dados de atendimentos nos hospitais e internações, os estados relatam instabilidade também nas notificações de casos e mortes por covid, além do andamento da campanha de vacinação nesse período. Os sites do ministério e o ConecteSUS saíram do ar em 10 de dezembro.
Procurado, o Ministério da Saúde afirmou que "atua com agilidade para o restabelecimento de todas as plataformas impactadas o mais breve possível".
No fim da tarde de ontem, a pasta informou à imprensa que o "e-SUS Notifica foi restabelecido" — o e-SUS monitora os casos mais leves de síndrome gripal e os raros casos graves de covid-19 que não cursam com SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave).
Em nota ao UOL, a pasta disse que o acesso ao Sivep-Gripe —que monitora casos graves e mortes de covid-19 e Influenza— "está normalizado" (leia mais abaixo). Profissionais de saúde e especialistas, entretanto, dizem que ainda há graves problemas nos dois casos.
Publicações oficiais afetadas
"Sem os dados, a gente não sabe se os casos de SRAG estão aumentando e se esses casos são covid ou influenza [gripe]", diz Isaac Schrarstzhaupt, analista de dados e coordenador na Rede Análise Covid-19.
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