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Rio chega a 80% da população vacinada contra covid-19

22.dez.2021 -  Movimentação em posto de vacinação contra covid-19 montado na Casa Firjan no bairro de Botafogo no Rio de Janeiro - Adriano Ishibashi/FramePhoto/Estadão Conteúdo
22.dez.2021 - Movimentação em posto de vacinação contra covid-19 montado na Casa Firjan no bairro de Botafogo no Rio de Janeiro Imagem: Adriano Ishibashi/FramePhoto/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

22/12/2021 13h52

A cidade do Rio de Janeiro chegou a marca de 80% da população totalmente vacinada contra a covid-19.

Dados disponíveis no painel Rio Covid-19 mostram que 5.260.206 pessoas estão vacinadas com a segunda dose e 143.480 com a dose única.

Considerando a população maior de 12 anos, a cobertura vacinal chega a 93,5%.

Apesar do número elevado, a prefeitura pediu que os cariocas mantenham os cuidados, como evitar aglomerações, deixar janelas abertas e usar máscaras, principalmente em ambientes fechados.

Com o aumento da cobertura vacinal e da dose de reforço dos idosos, as internações pela doença caíram a 0,3% das internações do SUS (Sistema Único de Saúde). Hoje, 21 pacientes estão internados com a covid-19.

"As evidências são robustas e podemos afirmar que as vacinas protegem, mas esta proteção é temporária e reduz com o tempo, por isso é necessária a DR [dose de reforço]", escreveu o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, nas redes sociais.

De acordo com a prefeitura, até o momento 1.362.753 tomaram a dose adicional.

Negociações para compra de vacinas infantis

Soranz afirmou que o município procurou a Pfizer para comprar diretamente vacinas para crianças de 5 a 11 anos.

A negociação ocorre em um momento de impasse na vacinação infantil no país. O presidente Jair Bolsonaro (PL) é contra a vacinação de crianças e atacou técnicos da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que atuaram na liberação do imunizante da Pfizer para crianças.

"A gente já entrou em contato com Pfizer. São 560 mil crianças que precisam ser vacinadas para aumentar a proteção na cidade", disse o secretário entrevista à GloboNews.

Soranz ainda criticou a demora do Ministério da Saúde na aquisição dos imunizantes. Apesar da intenção da Prefeitura do Rio de Janeiro, há poucas chances da compra direta ocorrer. Após receber um ofício do mesmo teor do governo do estado de São Paulo na última semana, a Pfizer veio a público dizer que priorizará as vendas para governos federais.

Carnaval

O CEEC (Comitê Científico de Enfrentamento à Covid-19) do Rio de Janeiro recomendou à prefeitura não estabelecer nenhuma restrição ao carnaval de 2022 no cenário atual. Os cientistas avaliam que o alto índice de vacinados na cidade e as evidências científicas disponíveis permitem que o planejamento da festa seja mantido.

A ata da reunião extraordinária do CEEC recomenda que a SMS (Secretaria Municipal de Saúde) não estabeleça, nesse momento, restrições específicas ao Carnaval. Ou seja, se os índices permanecerem similares aos de hoje, será exigido comprovante de vacinação para entrar na Marquês de Sapucaí e nas festas de clubes, e não haverá qualquer restrição aos blocos de rua — que desfilam em local aberto.

O prefeito Eduardo Paes (PSD), no entanto, ressaltou que a ata fala sobre as condições atuais e disse que vai acompanhar a situação.