Covid: Brasil bate marca de 26 milhões de imunizados com dose de reforço

O Brasil ultrapassou a marca de 26 milhões de imunizados que já tomaram a dose de reforço da vacina contra a covid-19 nesta quinta-feira (30). As informações são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, com base nos dados fornecidos pelas secretarias estaduais de saúde.

Mais de 143,3 milhões estão totalmente imunizados com as duas doses ou a dose única da vacina, o equivalente a 67,19% da população nacional. Ao todo, 143.318.325 pessoas completaram o ciclo vacinal no país.

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Quando se considera o total de brasileiros com, pelo menos, a primeira dose da vacina, o número salta para 161.212.297 (ou 75,57% da população). O total de doses de reforço aplicadas até o momento chegou a 26.249.714.

Desde as 20h de ontem, 120.723 brasileiros tomaram a segunda dose e outros 2.138, a única. Além disso, houve a aplicação de 44.106 primeiras e 310.786 de reforço neste período. No total, foram ministradas 477.753 doses nas últimas 24 horas em todo o país.

O estado de São Paulo permanece na liderança entre aqueles com a maior porcentagem da sua população com vacinação completa: 78,47% dos habitantes locais. Piauí (73,93%), Mato Grosso do Sul (72,06%), Minas Gerais (71,68%) e Rio Grande do Sul (69,74%) aparecem na sequência.

Em termos percentuais, o Piauí ocupa o primeiro lugar quanto à aplicação da primeira dose: 82,9% de sua população. A seguir, vêm São Paulo (82,08%), Santa Catarina (78,72%), Paraná (77,85%) e Rio Grande do Sul (77,66%).

O apagão de dados causado por ataques hackers a sites e plataformas do Ministério da Saúde completou 20 dias nesta quinta. Por conta dele, desde 10 de dezembro, os dados relacionados à vacinação no Brasil estão subnotificados.

Acre, Alagoas, Amapá, Goiás, Mato Grosso, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Tocantins não atualizaram os números ligados à vacinação nesta quinta.

Sem os números completos, não é possível precisar o ritmo da imunização no país — o que é particularmente delicado por conta do período de festas de fins de ano, que podem gerar aglomerações e facilitar o contágio da doença.

Lewandowski nega pedido do PT sobre vacinação de crianças

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski negou, hoje, um pedido do PT para que o governo federal dê informações sobre a vacinação de crianças contra covid-19.

O ministro justificou a decisão dizendo que já havia feito uma determinação ao governo semelhante ao que era solicitado pelo partido. "Assim, verifico que o pedido já havia sido parcialmente contemplado por determinação anterior minha", escreveu em decisão de 19 de dezembro, mas que foi disponibilizada no sistema do STF nesta quinta (30).

Na última sexta (24), Lewandowski determinou que o Ministério da Saúde explique a proposta de exigir que os pais apresentem prescrição médica para crianças de 5 a 11 anos se vacinarem contra covid-19.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.