Covid: Brasil fecha 2021 com 143,3 milhões com vacinação completa
O Brasil fecha 2021 com mais de 143,3 milhões de habitantes com vacinação completa contra a covid-19. Ao todo, 143.356.785 brasileiros tomaram a segunda dose ou a dose única do imunizante contra a doença, o equivalente a 67,2% da população nacional. As informações são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, com base nos dados fornecidos pelas secretarias estaduais de saúde.
O ano da vacinação no país termina em meio a um período de números incertos. Há pelo menos três semanas, vários estados encontram dificuldades para atualizar seus dados de casos, mortes e da vacinação. O problema ocorre desde a invasão hacker ao site do Ministério da Saúde, ao aplicativo e à página do ConecteSUS (plataforma que mostra comprovantes de vacinação contra a covid-19), no último dia 10.
Sem estas atualizações, fica comprometida a análise do andamento da vacinação no Brasil, bem como o acompanhamento das médias de casos e óbitos causados pela doença. Isso acontece em meio ao crescimento diário de novos casos de covid-19 no mundo, provocado pelo avanço da variante ômicron.
Com dados registrados de apenas dez estados, 38.460 brasileiros concluíram o ciclo vacinal nas últimas 24 horas - destes, 37.574 tomaram a segunda dose e outros 886, a única. Neste mesmo intervalo, 9.618 pessoas receberam a primeira e 61.465 a de reforço, totalizando 109.543 doses de imunizante ministradas entre ontem e hoje em todo o território nacional.
Ao todo, 161.221.915 habitantes foram vacinados com a primeira dose, o que representa 75,58% da população do país. O número de doses de reforço aplicadas até o momento chegou a 26.311.179.
Entre as unidades da federação, o estado de São Paulo permanece na liderança entre aqueles com a maior parcela de sua população com vacinação completa: 78,48% de seus habitantes. Na sequência, aparecem Piauí (74,04%), Mato Grosso do Sul (72,07%), Minas Gerais (71,68%) e Rio Grande do Sul (69,74%).
O Piauí ocupa a primeira posição, proporcionalmente, quanto à aplicação da primeira dose: 82,99% da população local. São Paulo (82,08%), Santa Catarina (78,72%), Paraná (77,85%) e Rio Grande do Sul (77,66%), vêm a seguir.
Com dados instáveis, Brasil não sabe se ômicron avança no país
A ciência já indicou em estudos recentes que a variante ômicron da covid-19 deve ser mais transmissível — ou seja, infecta outras pessoas com mais facilidade — do que outras cepas. Nos últimos dias, em meio às festas de final de ano, a variante provocou um salto de novos casos nos EUA e no Reino Unido.
Mas, aqui no Brasil, não é possível saber se a variante tem causado salto de infecções e nem se pode desenhar um cenário confiável do comportamento do vírus no país. Com sistemas fora do ar e dados desatualizados, o mapeamento da doença que matou mais de 600 mil pessoas no Brasil está defasado.
A instabilidade nos sistemas do Ministério da Saúde não é um problema novo e ainda não foi corrigido apropriadamente. Em setembro, o UOL noticiou essa subnotificação enquanto a pasta do governo federal alegava alterações no sistema para "melhor atender ações de vigilância".
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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