Ceará aprova aplicação de vacina Pfizer sem prescrição médica em crianças
O Governo do Estado do Ceará anunciou nesta terça-feira (04) que foi aprovada a vacinação contra Covid-19 sem prescrição médica em todas as crianças com idades entre 5 e 11 anos do estado.
A decisão foi tomada pela CIB (Comissão Intergestores Bipartite) do Ceará, formada pelos gestores de saúde cearenses. A vacina da Pfizer foi o imunizante escolhido para faixa etária e será ministrado em doses com um terço da concentração das doses distribuídas a adultos e adolescentes.
A aplicação será feita somente em crianças acompanhadas dos responsáveis e com documento de identificação oficial.
"O início da vacinação neste grupo ocorrerá tão logo o Ministério da Saúde (MS) envie os imunobiológicos", afirma nota oficial.
No texto, o secretário da Saúde do Ceará, Marcos Gadelha, diz que o aumento dos casos de covid causado pela variante ômicron, o surto de influenza e a aproximação da volta às aulas foram alguns dos fatores que pesaram na decisão.
"As crianças podem ser vetores de infecção para outros grupos", afirma ele.
Queda de braço
A vacinação de crianças é motivo de uma queda de braço entre o Governo Federal e os demais entes da federação.
Enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) defende a exigência de prescrição médica para aplicação, representantes do Distrito Federal e de 19 estados já sinalizaram que não pretendem cobrar o documento.
A posição foi respaldada por quase 100 mil pessoas numa consulta pública sobre o tema feita pelo Ministério da Saúde.
Nela, a maior parte dos participantes se opôs a exigência de prescrição para aplicação da vacina contra covid-19, de acordo com Rosana Leite de Melo, secretária extraordinária de enfrentamento à covid-19 do Ministério da Saúde.
Nesta terça-feira (04), o ministro da Saúde Marcelo Queiroga relativizou a importância da vacinação em crianças. "Vacinação não tem relação com aula", disse ele durante a entrevista, em que citou um artigo do New England Journal of Medicine que corroboraria sua tese.
Entretanto, o estudo citado pelo ministro defende visão oposta àquela apresentada por ele. "Sem vacinas Covid-19 eficazes para essa faixa etária, as crianças podem se tornar reservatórios contínuos de infecção e fontes de novas variantes emergentes", diz o texto.
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