Covid: Brasil tem média de 96 mortes, mas apagão compromete dados
A média de mortes por covid-19 registrada no Brasil nas últimas 24 horas foi de 96. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.
Nesta segunda-feira (03), o país contabilizou 77 mortes causadas pela doença. Ao todo, 619.248 brasileiros já morreram de covid-19 desde o começo da pandemia e mais de 22,2 milhões de pessoas receberam diagnóstico da doença.
Acre, Alagoas e Rio de Janeiro não registraram mortes por covid.
A média de mortes por dia é calculada a partir dos últimos sete dias. Essa é a melhor forma de analisar a evolução da pandemia, já que os registros de mortes costumam apresentar quedas artificiais em fins de semana e períodos de feriado.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal
A comparação é feita em relação à situação de duas semanas antes. Considera-se queda quando a redução é igual ou maior a 15%; alta quando o aumento é igual ou maior que 15%.
No entanto, devido ao apagão de dados de covid, a variação não necessariamente espelha o que vem ocorrendo em cada estado.
Região Sudeste
- Espírito Santo: queda (-38%)
- Minas Gerais: queda (-48%)
- Rio de Janeiro: estabilidade (12%)
- São Paulo: queda (-46%)
Região Norte
- Acre: estabilidade (0%)
- Amazonas: estabilidade (-13%)
- Amapá: alta (250%)
- Pará: queda (-41%)
- Rondônia: queda (-40%)
- Roraima: não divulgou dados hoje
- Tocantins: estabilidade (0%)
Região Nordeste
- Alagoas: queda (-100%)
- Bahia: alta (18%)
- Ceará: alta (68%)
- Maranhão: queda (-47%)
- Paraíba: estabilidade (-13%)
- Pernambuco: estabilidade (11%)
- Piauí: alta (45%)
- Rio Grande do Norte: queda (-71%)
- Sergipe: queda (-75%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-52%)
- Goiás: estabilidade (0%)
- Mato Grosso: alta (90%)
- Mato Grosso do Sul: estabilidade (0%)
Região Sul
- Paraná: queda (-48%)
- Rio Grande do Sul: queda (-60%)
- Santa Catarina: estabilidade (0%)
Apagão continua a comprometer dados
Desde o último dia 10, os dados relativos a covid-19 se encontram comprometidos, por conta do apagão que atingiu o Ministério da Saúde e ainda não foi completamente resolvido, de acordo com informações fornecidas por diversos estados.
Causado por ataques hackers a sites e plataformas do Ministério da Saúde, o apagão tem gerado falhas na divulgação dos dados relacionados à doença. Sem informações precisas, a análise do cenário de covid-19 no Brasil se torna mais difícil.
Na última sexta (31), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que sua expectativa é que o sistema volte ao normal na primeira quinzena de janeiro.
Empresas criticam recomendação da Anvisa de suspensão de cruzeiros
A Clia Brasil (Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos) emitiu uma nota neste domingo (2) criticando a recomendação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de suspensão da temporada de cruzeiros, após três embarcações registrarem casos de covid-19 a bordo.
A entidade, que reúne as empresas do setor, afirmou que os "menos de 400 casos positivos identificados representam cerca de 0,3%, ou seja, uma pequena minoria dos 130 mil passageiros e tripulantes embarcados desde o início da atual temporada, em novembro".
Há cinco navios de cruzeiro na costa brasileira atualmente, os MSC Splendida, Preziosa e Seaside, e os Costa Fascinosa e Diadema. O Splendida e o Diadema estão em quarentena.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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