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Covid: Brasil tem média de 96 mortes, mas apagão compromete dados

Cemitério Parque de Manaus com ala lotada para sepultamentos por mortes de covid, em julho de 2021 - Carlos Madeiro/UOL
Cemitério Parque de Manaus com ala lotada para sepultamentos por mortes de covid, em julho de 2021 Imagem: Carlos Madeiro/UOL

Ricardo Espina e Saulo Pereira Guimarães

Colaboração para o UOL, em São Paulo e do UOL, no Rio

03/01/2022 20h00

A média de mortes por covid-19 registrada no Brasil nas últimas 24 horas foi de 96. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

Nesta segunda-feira (03), o país contabilizou 77 mortes causadas pela doença. Ao todo, 619.248 brasileiros já morreram de covid-19 desde o começo da pandemia e mais de 22,2 milhões de pessoas receberam diagnóstico da doença.

Acre, Alagoas e Rio de Janeiro não registraram mortes por covid.

A média de mortes por dia é calculada a partir dos últimos sete dias. Essa é a melhor forma de analisar a evolução da pandemia, já que os registros de mortes costumam apresentar quedas artificiais em fins de semana e períodos de feriado.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal

A comparação é feita em relação à situação de duas semanas antes. Considera-se queda quando a redução é igual ou maior a 15%; alta quando o aumento é igual ou maior que 15%.

No entanto, devido ao apagão de dados de covid, a variação não necessariamente espelha o que vem ocorrendo em cada estado.

Região Sudeste

  • Espírito Santo: queda (-38%)
  • Minas Gerais: queda (-48%)
  • Rio de Janeiro: estabilidade (12%)
  • São Paulo: queda (-46%)

Região Norte

  • Acre: estabilidade (0%)
  • Amazonas: estabilidade (-13%)
  • Amapá: alta (250%)
  • Pará: queda (-41%)
  • Rondônia: queda (-40%)
  • Roraima: não divulgou dados hoje
  • Tocantins: estabilidade (0%)

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-100%)
  • Bahia: alta (18%)
  • Ceará: alta (68%)
  • Maranhão: queda (-47%)
  • Paraíba: estabilidade (-13%)
  • Pernambuco: estabilidade (11%)
  • Piauí: alta (45%)
  • Rio Grande do Norte: queda (-71%)
  • Sergipe: queda (-75%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: queda (-52%)
  • Goiás: estabilidade (0%)
  • Mato Grosso: alta (90%)
  • Mato Grosso do Sul: estabilidade (0%)

Região Sul

  • Paraná: queda (-48%)
  • Rio Grande do Sul: queda (-60%)
  • Santa Catarina: estabilidade (0%)

Apagão continua a comprometer dados

Desde o último dia 10, os dados relativos a covid-19 se encontram comprometidos, por conta do apagão que atingiu o Ministério da Saúde e ainda não foi completamente resolvido, de acordo com informações fornecidas por diversos estados.

Causado por ataques hackers a sites e plataformas do Ministério da Saúde, o apagão tem gerado falhas na divulgação dos dados relacionados à doença. Sem informações precisas, a análise do cenário de covid-19 no Brasil se torna mais difícil.

Na última sexta (31), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que sua expectativa é que o sistema volte ao normal na primeira quinzena de janeiro.

Empresas criticam recomendação da Anvisa de suspensão de cruzeiros

A Clia Brasil (Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos) emitiu uma nota neste domingo (2) criticando a recomendação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de suspensão da temporada de cruzeiros, após três embarcações registrarem casos de covid-19 a bordo.

A entidade, que reúne as empresas do setor, afirmou que os "menos de 400 casos positivos identificados representam cerca de 0,3%, ou seja, uma pequena minoria dos 130 mil passageiros e tripulantes embarcados desde o início da atual temporada, em novembro".

Há cinco navios de cruzeiro na costa brasileira atualmente, os MSC Splendida, Preziosa e Seaside, e os Costa Fascinosa e Diadema. O Splendida e o Diadema estão em quarentena.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.