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Abrafarma: Pico para testes de covid-19 em farmácias não era esperado

Colaboração para o UOL, em São Paulo

05/01/2022 18h57

Farmácias e fornecedores não esperavam o disparo na busca por testes de covid-19 durante as festas de fim de ano, segundo o CEO da Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias, Sérgio Mena Barreto.

Em entrevista ao UOL News, ele relatou que o número de testes antígenos para detectar o coronavírus realizados em farmácias aumentou quase quatro vezes entre as últimas semanas de 2021 e os primeiros dias do ano novo.

"Em novembro, a gente estava fazendo de 80 a 90 mil testes por semana. E, em dezembro, veio um grande pico inesperado. Isso continua nesta semana ainda. Saímos de 90 mil testes por semana para, entre 22 de dezembro e 4 de janeiro, 380 mil testes [realizados]", disse Barreto. "As farmácias não estavam prontas e isso coincidiu com o período normal de recesso da indústria."

O CEO da Abrafarma admitiu que as filas para os testes de covid-19 nos estabelecimentos deve continuar nos próximos dias.

Quem for numa farmácia hoje vai conseguir agendar teste para daqui dois ou três dias. Também estamos com uma alta taxa de testes positivos, que a gente não via desde maio um índice tão alto." Sérgio Mena Barreto, CEO da Abrafarma

Mix de gripe e covid

Para o representante da associação de farmácias e drogarias do país, a alta de casos de covid-19 somada à epidemia de gripe que atinge diversos estados impactou a indústria, mas o fornecimento de testes e remédios deve ser normalizado em breve.

"Nossos estoques estão sendo repostos, mas estamos vivendo um momento não só de falta de kit covid, como também de antibiótico e produtos para gripe. Estamos vendo uma situação que é um mix de síndrome gripal e nova onda da pandemia de covid-19. Aquilo que ia acontecer em março, na temporada normal da gripe e síndromes respiratórias, foi tudo antecipado pra cá", afirmou Sérgio Mena Barreto.

Segundo ele, a taxa atual de testes positivos para coranavírus realizados em farmácias está em 32% — em novembro, o índice era de 6%. "As pessoas vão primeiro na farmácia para descartar se não estão com gripe, acaba fazendo teste [de covid-19] e têm resultado positivo", avaliou.