Testes positivos de covid em farmácia sobem 324% na semana do Réveillon
Na semana do Ano Novo, as farmácias brasileiras registraram aumento nas buscas por testes de covid-19 e também nos diagnósticos da doença. Em números absolutos, o aumento de casos positivos é de 324%, na comparação com a semana anterior, segundo dados divulgados hoje (6) pela Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias). Um a cada três testes confirmou a infecção pelo novo coronavírus.
Entre os dias 27 de dezembro e 2 de janeiro, foram realizados 283.763 testes, sendo 94.540 (33,3%) positivos. A quantidade de diagnósticos quadruplicou em relação à semana anterior (de 20 a 26 dezembro), embora a quantidade de testes aplicados também tenha dobrado; naquela semana, foram 188.545 exames e 22.283 casos confirmados de covid (11,8% do total).
Os números evidenciam o apagão de dados sobre a pandemia após o ataque hacker de 10 de dezembro aos dados do Ministério da Saúde. O total de testes positivos registrados no levantamento é 77% superior ao registrado pelo consórcio de imprensa, do qual o UOL faz parte, e que usa dados fornecidos pelas secretarias estaduais de saúde. No mesmo período, o consórcio registrou 53.393. Os dados da Abrafarma indicam um número 77% superior.
Nas últimas semanas, a corrida por testes feitos nas farmácias — alguns com resultados entregues em até 15 minutos — foi acima do esperado pela entidade.
O avanço da covid e da influenza, com sintomas que confundem a população, ocorre em meio à baixa oferta de testes na rede pública de saúde, lotação de hospitais e aumento da demanda em laboratórios privados.
Rio de Janeiro e São Paulo foram os estados que apresentaram maior percentual de casos confirmados na semana do Réveillon: 49% e 46%, respectivamente.
Resultados de dezembro se aproximam do pico de casos
Os dados coletados pela Abrafarma indicam que 17,4% dos testes feitos em dezembro tiveram resultado positivo. O valor é o maior observado desde julho (17,5%).
Em 2021, o maior percentual de casos positivos foi registrado em março (26,2%), com quedas sucessivas nos índices ao longo dos meses seguintes; em novembro, pela primeira vez houve um registro abaixo dos 10%.
Mas entre novembro e dezembro, o aumento de diagnósticos positivos foi de 188%. Para Sérgio Mena Barreto, CEO da Abrafarma, a situação é alarmante e demanda novas medidas para tentar conter a variante ômicron e os surtos de influenza.
"O surto de gripe provocado pelo vírus da influenza e as celebrações de Natal certamente colaboraram para esse avanço surpreendente. Embora os números ainda estejam distantes do pico que observamos de maio a junho, os dados são preocupantes e exigem mais medidas preventivas e de contenção", disse Barreto.
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