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Brasil registra 50 mil casos de covid em 24h; média de mortes sobe para 120

Desde o começo da pandemia, 619.981 pessoas morreram de covid-19 e 22.498.806 pessoas receberam diagnóstico da doença - Cesar Conventi/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Desde o começo da pandemia, 619.981 pessoas morreram de covid-19 e 22.498.806 pessoas receberam diagnóstico da doença Imagem: Cesar Conventi/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Rayanne Albuquerque e Ricardo Espina

Do UOL e colaboração para o UOL, em São Paulo

08/01/2022 20h17Atualizada em 09/01/2022 11h40

O Brasil superou a marca de 50 mil casos positivos de covid-19 em 24 horas, registrando hoje um total de 50.065. A média móvel agora é de 30.039, enquanto o registro de mortes causadas por complicações da covid-19 está em 103, com média móvel elevada para 120. Os dados foram obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

Desde o começo da pandemia, 619.981 pessoas morreram de covid-19 e 22.498.806 pessoas receberam diagnóstico da doença. Os números podem, contudo, estar afetados pelo apagão de dados que acontece há cerca de um mês, desde quando os sistemas do Ministério da Saúde foram alvo de um ataque hacker.

Alagoas, Amapá e Roraima não tiveram mortes desde as 20h de ontem, quando foi emitido o último boletim do consórcio. O Distrito Federal e o Acre não divulgaram os números oficiais.

O Brasil apresenta tendência de aceleração em relação à média de mortes (30%). A variação é calculada comparando a média com o mesmo índice de 14 dias atrás. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda; acima de 15%, aceleração; entre os dois valores, significa estabilidade.

Hoje, diversos estados registraram milhares de novos casos de covid-19, mas não especificaram que os números estavam represados ou se correspondem ao surto provocado pela variante ômicron.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

  • Espírito Santo: queda (-35%)
  • Minas Gerais: estabilidade (-5%)
  • Rio de Janeiro: estabilidade (-14%)
  • São Paulo: alta (43%)

Região Norte

  • Acre: estabilidade (0%)
  • Amazonas: estabilidade (0%)
  • Amapá: queda (-71%)
  • Pará: alta (141%)
  • Rondônia: alta (59%)
  • Roraima: queda (-100%)
  • Tocantins: estabilidade (0%)

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-60%)
  • Bahia: alta (89%)
  • Ceará: alta (88%)
  • Maranhão: alta (31%)
  • Paraíba: queda (-20%)
  • Pernambuco: alta (18%)
  • Piauí: estabilidade (-5%)
  • Rio Grande do Norte: queda (-50%)
  • Sergipe: alta (200%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: estabilidade (0%)
  • Goiás: queda (-41%)
  • Mato Grosso: alta (178%)
  • Mato Grosso do Sul: queda (-25%)

Região Sul

  • Paraná: estabilidade (0%)
  • Rio Grande do Sul: queda (-42%)
  • Santa Catarina: alta (85%)

Onda de gripe e covid pega SUS 'reduzido' e superlota urgências pelo país

Hospitais e UPAs (unidades de pronto atendimento) de todo país estão enfrentando superlotação e atendendo acima da capacidade máxima para dar conta de assistir os pacientes com síndromes gripais que buscam as unidades.

Em meio ao apagão de dados de internações no país, a alta de casos pegou o SUS (Sistema Único de Saúde) desprevenido após a desabilitação de leitos e de unidades de atendimento por causa da redução dos casos de covid após a vacinação. Agora, em muitos municípios, leitos e locais de atendimento estão sendo abertos novamente para dar conta da demanda.

O UOL pesquisou e viu que em todos os estados há relatos de aumento no número de pacientes. "Estamos tendo muitos idosos internados por gripe, com pneumonia e complicando. Aqui está tudo cheio, cheio mesmo", conta a infectologista Loures Borzacov, que atua em Porto Velho (RO).

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.