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Covid: Brasil registra mais de 620 mil mortes; casos em 24 h superam 23 mil

Ricardo Moraes/Reuters
Imagem: Ricardo Moraes/Reuters

Rayanne Albuquerque e Ricardo Espina

Do UOL e colaboração para o UOL, em São Paulo

09/01/2022 20h04Atualizada em 10/01/2022 00h28

O número de testes positivos para covid-19 em 24 horas totalizou 23.504 mil no Brasil na noite de deste domingo (9). A média móvel de casos da doença no país chegou a 33.146, a maior registrada desde 23 de setembro do ano passado — quando esse índice chegou a 34.366.

De sábado para domingo, o país registrou 50 novas mortes por complicações geradas pela covid-19 e alcançou média móvel de óbitos de 123. Os dados foram obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

As informações ainda podem estar afetadas pelo apagão de dados que acontece há quase um mês, desde quando os sistemas do Ministério da Saúde foram alvo de um ataque hacker.

Desde o começo da pandemia, 620.031 pessoas morreram em razão de complicações geradas pela covid-19 e outras 22.522.310 receberam diagnóstico positivo da doença.

Amapá, Santa Catarina, Rondônia, Roraima, Mato Grosso do Sul, Paraíba e Piauí não registraram mortes desde ontem. O Distrito Federal, o Rio Grande do Sul, Tocantins e o Acre não atualizaram os números de vacinação, casos ou mortes por covid-19.

O Brasil apresenta tendência de alta em relação à média de mortes (28%). A variação é calculada comparando a média com o mesmo índice de 14 dias atrás. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda; acima de 15%, aceleração; entre os dois valores, significa estabilidade.

Apenas a região Sudeste apresenta tendência de queda (-34%). Centro-Oeste (-9%) e Nordeste (1%) estão em estabilidade. O Norte (185%) e o Sul (76%) a única região com tendência de aceleração.

A variação, contudo, não necessariamente espelha o que vem ocorrendo em cada estado em relação ao número de casos e óbitos, pela falta de dados represados pelo final de semana e do apagão da Saúde.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

  • Espírito Santo: queda (-28%)

  • Minas Gerais: alta (79%)
  • Rio de Janeiro: queda (-23%)
  • São Paulo: alta (79%)

Região Norte

  • Acre: estabilidade (0%)
  • Amazonas: queda (-18%)
  • Amapá: queda (-67%)
  • Pará: alta (200%)
  • Rondônia: alta (76%)
  • Roraima: queda (-100%)
  • Tocantins: estabilidade (0%)

Região Nordeste

  • Alagoas: estabilidade (-0%)
  • Bahia: alta (148%)
  • Ceará: alta (25%)
  • Maranhão: estabilidade (12%)
  • Paraíba: queda (-50%)
  • Pernambuco: estabilidade (15%)
  • Piauí: estabilidade (-10%)
  • Rio Grande do Norte: queda (-38%)
  • Sergipe: alta (200%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: estabilidade (0%)
  • Goiás: estabilidade (0%)
  • Mato Grosso: alta (178%)
  • Mato Grosso do Sul: queda (-25%)

Região Sul

  • Paraná: estabilidade (10%)
  • Rio Grande do Sul: queda (-31%)
  • Santa Catarina: alta (119%)

Chefe da Anvisa rebate Bolsonaro sobre vacina infantil

O diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres, rebateu — de forma direta — os ataques feitos nesta semana pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), negando haver qualquer interesse oculto do órgão por trás da aprovação da vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19.

Na quinta (6), em entrevista à TV Nova, Bolsonaro sugeriu que a Anvisa e "pessoas taradas por vacina" poderiam ter "interesses" no aval à vacinação infantil, que já acontece em países como Chile e Estados Unidos. O presidente, porém, não apresentou provas de suas alegações. Mais tarde, durante sua live semanal, Bolsonaro ainda chamou a agência de "dona da verdade".

Barra Torres rejeitou a acusação e cobrou uma retratação por parte de Bolsonaro.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.