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Covid: Brasil registra 111 mortes em 24h

Edmar Barros/Futura Press/Estadão Conteúdo
Imagem: Edmar Barros/Futura Press/Estadão Conteúdo

Ricardo Espina e Isabella Cavalcante

Colaboração para o UOL, em São Paulo e Do UOL, em Brasília

10/01/2022 20h06Atualizada em 10/01/2022 20h43

Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 111 mortes decorrentes da covid-19 e catalogou 34.215 casos conhecidos da doença. A média móvel — como é chamado o cálculo de mortes diárias ao longo de sete dias — foi de 128 novos óbitos. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.

Depois de um mês do ataque hacker, o Ministério da Saúde divulgou hoje que conseguiu integrar os sistemas locais de saúde e a rede nacional de dados, que afetou a plataforma ConecteSUS e outros sites.

Desde sábado (8), o país apresenta tendência de alta em relação à média móvel de mortes (17%). A variação é calculada comparando a média com o mesmo índice de 14 dias atrás. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda; acima de 15%, aceleração; entre os dois valores, significa estabilidade.

Também apresentam tendência de aceleração as regiões Norte (152%) e Sul (55%). Já o Centro Oeste (-13%) e o Nordeste (12%) estão em estabilidade, enquanto o Sudeste (-47%) é a única região com tendência de queda.

Nove estados estão em aceleração, oito em estabilidade e outros dez, incluindo o DF, estão em queda. No entanto, a variação não necessariamente espelha o que ocorre em cada um deles, já que muitos dados foram afetados pelo apagão no sistema do Ministério da Saúde.

Desde o início da pandemia, o Brasil registrou 620.142 mortes causadas pelo coronavírus e, ao todo, o país teve 22.556.525 testes positivos para a doença.

Os estados de Acre, Sergipe, Amapá, Roraima, Rio de Janeiro e Minas Gerais não registraram mortes em decorrência do coronavírus desde as 20h de ontem.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

  • Espírito Santo: queda (-42%)
  • Minas Gerais: alta (36%)
  • Rio de Janeiro: queda (-32%)
  • São Paulo: alta (41%)

Região Norte

  • Acre: estabilidade (0%)
  • Amazonas: estabilidade (10%)
  • Amapá: queda (-89%)
  • Pará: alta (193%)
  • Rondônia: alta (35%)
  • Roraima: queda (-100%)
  • Tocantins: estabilidade (0%)

Região Nordeste

  • Alagoas: alta (200%)
  • Bahia: alta (151%)
  • Ceará: alta (100%)
  • Maranhão: estabilidade (6%)
  • Paraíba: queda (-47%)
  • Pernambuco: estabilidade (10%)
  • Piauí: estabilidade (5%)
  • Rio Grande do Norte: queda (-19%)
  • Sergipe: estabilidade (0%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: queda (-29%)
  • Goiás: estabilidade (0%)
  • Mato Grosso: alta (153%)
  • Mato Grosso do Sul: queda (-43%)

Região Sul

  • Paraná: alta (18%)
  • Rio Grande do Sul: queda (-22%)
  • Santa Catarina: queda (-21%)

Crianças de 5 anos morrem mais, mas serão as últimas vacinadas

Dados inéditos dos cartórios de registro civil do país levantados a pedido do UOL revelam que crianças de cinco anos foram as que mais morreram de covid-19 em 2020 e 2021 dentro da faixa etária da vacinação infantil (entre 5 e 11 anos). A imunização de crianças está prevista para começar na próxima sexta-feira no país. Segundo o plano elaborado pelo Ministério da Saúde, as de 5 anos serão as últimas imunizadas, já que a ordem de imunização indicada é decrescente.

Segundo os dados retirados do portal da transparência da Arpen-Brasil (Associação de Registradores de Pessoas Naturais), desde o início da pandemia houve 324 mortes de crianças entre 5 e 11 anos com covid-19 no país. Dessas, 65 faleceram aos 5 anos de idade, as maiores vítimas entre todas as idades.

A pediatra e diretora da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações) em São Paulo, Melissa Palmieri, explica que o as crianças menores estão mais vulneráveis porque estão menos desenvolvidas que as mais velhas.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.