Johns Hopkins orienta não usar o termo 'flurona': 'pode ser enganoso'
A Universidade Johns Hopkins recomendou hoje que o termo "flurona", usado pela imprensa para indicar quando uma pessoa está simultaneamente infectada pelo coronavírus e pela influenza, não seja mais usado. Para a instituição, o termo pode confundir o entendimento das pessoas.
Em tom de brincadeira, o perfil da Universidade no Twitter adaptou um trecho do filme "Meninas Malvadas" e editou um gif para dizer: "parem de tentar fazer do 'flurona' uma realidade". A publicação também ressaltou que o nome dado à infecção dupla "não significa que haja um novo vírus por aí".
"É simplesmente azar pegar mais de uma coisa de cada vez. Chamá-lo de 'flurona' pode ser enganoso", escreveu.
Entenda o termo
O quadro de infecção simultânea por covid-19 e influenza vem sendo chamado de "flurona" desde que Israel registrou um caso. O termo é a junção das palavras "flu", gripe em inglês, e corona, de coronavírus.
De acordo com Raquel Muarrek, infectologista da Rede D'Or, esse tipo de infecção não é exceção, embora não seja comum. "A pessoa pode estar saindo de um quadro e entrar no outro já em seguida, testando positivo para os dois patógenos por um período de tempo", explica.
O quadro infeccioso, no entanto, não é exatamente novo. Em outubro de 2020, por exemplo, pesquisadores do Hospital Nacional Dos De Mayo e da Facultad de Medicina Humana, Universidad Nacional Mayor de San Marcos (entre outras instituições) de Lima, no Peru, publicaram um relato com cinco casos de co-infecção pelo novo coronavírus e pelo influenza tipo A.
Outros relatos semelhantes foram publicados por cientistas da Arábia Saudita, do Irã e da Turquia.
Especialistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, já haviam analisado em uma pesquisa, publicada no Clinical Infectious Diseases, as possíveis co-infecções envolvendo o novo coronavírus e outros vírus respiratórios - entre eles, o influenza.
Em outro estudo, publicado por pesquisadores ingleses no periódico International Journal of Epidemiology, foram avaliados casos de co-infecção pelos dois patógenos entre janeiro e abril de 2020 para estimar o risco de maior severidade dos quadros de saúde —no que eles concluíram que sim, a infecção dupla poderia impactar de forma substancial no desfecho negativo dos pacientes.
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