Covid: Vacinação de crianças em BH deve começar domingo, diz Kalil
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), revelou no UOL Entrevista de hoje que pretende iniciar a vacinação de crianças contra o novo coronavírus na capital mineira no domingo, 16. Kalil disse que a prefeitura fará uma reunião às 10h de amanhã para definir a data.
"Estamos chamando o pessoal da logística da vacina para ver se a gente começa domingo. Estou querendo pôr pipoca, picolé, fazer um negócio bem Zé Gotinha", disse Kalil, ao apresentador do Canal UOL Diego Sarza, e aos colunistas do UOL Tales Faria e Juliana Arreguy.
As primeiras 1,2 milhão de doses do imunizante que será aplicado nas crianças de 5 a 11 anos no Brasil, da Pfizer, chegaram ao país nesta madrugada. O prefeito de Belo Horizonte disse que as vacinas devem chegar à cidade entre amanhã e sábado, 15.
A ideia de fazer um evento com distribuição de brindes para as crianças, segundo ele, é para afastar o clima de "obscuridade" sobre as vacinas pediátricas contra a covid-19.
A vacina está aí, a vacina está salvando vida, e o povo brasileiro, de esquerda, de direita, é inteligente, trabalhador, e vai vacinar as crianças
Alexandre Kalil
Questionado se um evento nesses moldes possa gerar aglomeração, Kalil afirmou que a ideia é fazê-lo ao ar livre, em um parque ou em uma praça, que seria fechada para a ocasião festiva.
"Vamos criar um ambiente alegre, de segurança, de tranquilidade. Não há aglomeração nenhuma. Não vou vacinar em um jogo no Mineirão. Isso não tem nem cabimento", disse Kalil.
'Vai haver uma seleção natural'
Com 81,2% da população vacinada contra a covid-19, de acordo com dados da própria prefeitura, Kalil disse que a população de Belo Horizonte "aderiu muito a vacina". Para ele, quem quer se imunizar está imunizado.
Infelizmente está parecendo que vai haver uma seleção natural. Quem não vacinou vai ocupar UTI, provavelmente vai morrer. Vacinar ainda é a melhor saída
Alexandre Kalil
Kalil no entanto, descarta adotar novas medidas restritivas na capital mineira diante do avanço da variante ômicron. Para ele, quem abre ou determina o fechamento de algo é a ciência, e não o prefeito.
"Vamos abrindo, vendo, estudando. Não vamos precipitar. O comércio foi sacrificado. Temos que pesar a água e o fubá para a gente não fazer nenhuma bobagem de ser o super-homem do fechamento, ou de ser o cara que fecha tudo. Só sigo a ciência e vou seguir com muita calma, como fiz no pior período da pandemia", disse Kalil.
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