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Deputados de RO aprovam uso de remédios sem eficácia contra covid-19

Cloroquina já teve sua ineficácia compravada por diversas autoridades e especialistas - April Thornberg/Getty Images
Cloroquina já teve sua ineficácia compravada por diversas autoridades e especialistas Imagem: April Thornberg/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

19/01/2022 15h17Atualizada em 19/01/2022 16h00

A Assembleia Legislativa de Rondônia autorizou na segunda-feira (17) o uso de medicamentos ineficazes contra a covid-19 no estado. A lei aprovada pela Casa libera a prescrição dos remédios hidroxicloroquina, cloroquina, azitromicina e ivermectina para tratar pacientes diagnosticadas com a doença causada pelo novo coronavírus.

De acordo com o texto promulgado pelos deputados estaduais, médicos poderão prescrever os medicamentos na fase inicial da covid-19. Os profissionais também estão liberados a fazer a prescrição mesmo que não exista a "comprovação laboratorial da enfermidade". A única exigência é de que o paciente assine um termo de consentimento.

Os medicamentos autorizados pela Assembleia Legislativa fazem parte do chamado "kit-covid". Todos esses remédios já tiveram sua ineficácia comprovada em estudos feitos por órgãos competentes.

A OMS (Organização Mundial da Saúde), por exemplo, fez uma pesquisa que mostrou a ineficácia da hidroxicloroquina. O remédio serve para tratar doenças como lúpus e artrite reumatoide.

No caso da ivermectina, a ineficácia foi apontada, inclusive, pelo fabricante. O medicamento é um antiparasitário indicado para combater vermes, parasitas e ácaros.

A azitromicina, por fim, possui efeito antibacteriano, comumente usado para combater doenças do trato respiratório, como a bronquite, pneumonia, sinusite e faringite. Por ser um antibiótico, no entanto, ela não ataca os vírus, mas sim bactérias.