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Menino 'sincerão' dá recado a pais após se vacinar: Não ouçam o Bolsonaro

Do UOL, em São Paulo

20/01/2022 12h27Atualizada em 20/01/2022 16h01

Um menino de 11 anos mandou recado aos pais de crianças após tomar a primeira dose da vacina contra a covid-19 e pediu que eles não acreditassem no que diz o presidente Jair Bolsonaro (PL) a respeito dos imunizantes. Após receber a aplicação, Nicolas Takata Muniz foi abordado por um jornalista e aproveitou para dizer que os pais não deveriam ter receio de levar os filhos aos postos de saúde.

"Não acredita na palavra desse Bolsonaro, não. Pode mandar seu filho tomar a agulhada. Tá super tranquilo. O máximo que pode ter é uma criança chorona e um braço dolorido, mas nada além disso. Você não vai virar nenhum jacaré e nem uma formiga australiana", disse o jovem em entrevista à TV Poços.

Depois de ter recebido a primeira dose, o adolescente também disse que estava "felizão". "Dava até para comer um pastelzinho com um guaraná", afirmou Muniz. O garoto com autismo recebeu a vacina nessa semana, com o início da vacinação contra a covid-19 para o público infantil.

Doses chegaram na semana passada

O início da imunização de crianças foi possível após a chegada dos imunizantes na semana passada. As primeiras 1,2 milhão de doses da vacina da Pfizer chegaram ao Brasil na madrugada de quinta-feira (13).

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil terminará o mês de janeiro com 4,3 milhões de doses de vacina para crianças entre 5 e 11 anos. Em fevereiro, a previsão é de mais 7,2 milhões e, em março, 8,4 milhões. Até o fim do primeiro trimestre, o Brasil deve receber quase 20 milhões de doses pediátricas da Pfizer.

Para completar a vacinação infantil, de duas doses, o país precisará de pouco mais de 40 milhões de doses. A pasta diz ter encomendado quantidade suficiente para imunizar o público-alvo.

Apesar de ter sido liberada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Saniatária) em 16 de dezembro, a entrada da vacina infantil da Pfizer na campanha coordenada pelo governo federal só foi confirmada em 5 de janeiro - na contramão ciência, o presidente Jair Bolsonaro (PL) é contra a vacinação infantil.