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Fiscais do Procon encontram testes de covid-19 até 108% mais caros no RJ

A apuração dos fiscais apontou que o aumento de preços foi menor em farmácias - iStock
A apuração dos fiscais apontou que o aumento de preços foi menor em farmácias Imagem: iStock

Do UOL, em São Paulo

20/01/2022 07h51Atualizada em 20/01/2022 09h49

Fiscais do Procon (Departamento Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor) encontraram testes de covid-19 até 108% mais caros durante uma fiscalização realizada ontem para apurar preços abusivos nos testes de coronavírus e influenza no Rio de Janeiro.

"O Procon-RJ questionou quanto aos prazos informados aos consumidores no momento da realização do exame, se os mesmos estão sendo cumpridos e o que estes fornecedores estão fazendo para atender a alta demanda de maneira satisfatória aos clientes. A autarquia solicitou ainda a comprovação documental dos preços que estão sendo praticados desde outubro de 2021 até a presente data para apurar um possível aumento abusivo de preço", explicou o departamento.

Segundo o site do Procon, 19 farmácias e laboratórios foram alvos da fiscalização e as principais unidades foram notificadas pelos agentes.

Durante os trabalhos, os fiscais encontraram um aumento de 108% no valor do teste de covid-19 em um laboratório drive-thru no Shopping Downtown, na Barra da Tijuca. O teste do tipo PCR custava R$ 230, mas foi para R$ 480 no dia 15 de janeiro, enquanto o teste via nasal foi de R$ 150 para R$ 220.

A apuração dos fiscais apontou que o aumento de preços foi menor em farmácias. Um exemplo dado pelo Procon foi um estabelecimento que cobrava R$ 89 pelo teste nasal e a fiscalização conferiu a alta para R$ 109.

Os comércios que não mostraram os preços cobrados aos consumidores durante a ação terão que comprovar os valores ao Procon-RJ em até 10 dias.

"Antes de fazer o exame, é importante realizar uma pesquisa de preços. O mesmo exame, realizado em diferentes locais, pode custar o dobro do valor", comentou Cássio Coelho, presidente do Procon-RJ.

O presidente do departamento explicou que os estabelecimentos que aumentaram os valores, mas que não conseguirem comprovar a mudança junto ao Procon sofrerão sanções. As punições serão aplicadas se for comprovada a alta dos preços em razão do aumento da demanda por causa da variante ômicron da covid-19.