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Covid: Brasil completa 7 dias com recordes na média de casos conhecidos

Nas últimas 24 horas, foram 90.509 novos testes positivos conhecidos - iStock
Nas últimas 24 horas, foram 90.509 novos testes positivos conhecidos Imagem: iStock

Ana Paula Bimbati, Sara Baptista e Ricardo Espina

Do UOL e colaboração para o UOL, em São Paulo

24/01/2022 19h17Atualizada em 24/01/2022 20h53

O Brasil completa hoje uma semana de recordes diários consecutivos na média móvel de casos conhecidos de covid-19. O índice ficou em 150.236, segundo dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

Nas últimas 24 horas, foram 90.509 novos testes positivos conhecidos. Desde março de 2020, quando teve início da pandemia no Brasil, o país registrou 24.134.946 casos da doença a partir de testes.

A média de casos conhecidos está em aceleração desde 29 de dezembro, impulsionada pela disseminação da variante ômicron. O dado aponta uma tendência de alta de 241% na comparação com 14 dias atrás.

O índice é considerado o melhor indicador para analisar a pandemia, pois corrige as flutuações nos dados das secretarias de saúde que ocorrem aos fins de semana e feriados. A média dos últimos sete dias é comparada com o mesmo índice de 14 dias atrás. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda; acima de 15%, aceleração; entre esses dois valores, estabilidade.

Nos últimos sete dias, a média de casos ficou foi de:

  • 18/01: 83.630
  • 19/01: 100.322
  • 20/01: 110.442
  • 21/01: 118.840
  • 22/01: 140.698
  • 23/01: 148.212
  • 24/01: 150.236

Nas últimas 24 horas, o Brasil também registrou 267 mortes pela doença. No total, 623.412 pessoas já perderam a vida em decorrência da covid-19 no país.

Os estados do Acre, Goiás e Roraima não registraram mortes nas últimas 24 horas. Sem esses dados, a média móvel de óbitos ficou em 307 —o número estava abaixo de 300 desde o último dia 31 de outubro.

O dado calcula a média diária de mortes a partir dos números dos últimos sete dias. Cabe ressaltar que, às segundas-feiras, o número de novos casos e mortes costuma ser mais baixo porque os dados ficam represados em decorrência do final de semana.

Ao todo, 21 estados e o Distrito Federal apresentam tendência de alta. Três registraram queda e outros dois, estabilidade. Todas as regiões apresentam tendência de alta: Centro-Oeste (119%), Norte (58%), Sul (62%), Sudeste (46%) e Nordeste (25%).

Veja a situação por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

  • Espírito Santo: alta (163%)
  • Minas Gerais: alta (118%)
  • Rio de Janeiro: alta (212%)
  • São Paulo: alta (355%)

Região Norte

  • Acre: alta (50%)
  • Amazonas: alta (183%)
  • Amapá: alta (60%)
  • Pará: queda (-44%)
  • Rondônia: queda (-37%)
  • Roraima: estabilidade (0%)
  • Tocantins: estabilidade (0%)

Região Nordeste

  • Alagoas: alta (133%)
  • Bahia: alta (47%)
  • Ceará: alta (334%)
  • Maranhão: alta (76%)
  • Paraíba: alta (156%)
  • Pernambuco: queda (-22%)
  • Piauí: alta (40%)
  • Rio Grande do Norte: alta (320%)
  • Sergipe: alta (167%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: alta (50%)
  • Goiás: alta (159%)
  • Mato Grosso: alta (83%)
  • Mato Grosso do Sul: alta (169%)

Região Sul

  • Paraná: alta (191%)
  • Rio Grande do Sul: alta (200%)
  • Santa Catarina: alta (170%)

Dados do Ministério da Saúde

Nas últimas 24 horas, foram computados 83.340 novos casos de covid-19 em todo o Brasil, como indica o boletim divulgado hoje pelo Ministério da Saúde. Desde o começo da pandemia, o país chegou a 24.127.595 casos confirmados da doença.

Ainda de acordo com o ministério, houve o registro de 259 novas mortes causadas pela covid-19 entre ontem e hoje no país, elevando o total de óbitos para 623.356 desde março de 2020.

Segundo o governo federal, o número de casos recuperados de covid-19 no Brasil chegou a 21.834.758, com outros 1.669.481 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.