Queiroga se irrita com perguntas sobre vacinas: 'Ficam nesse nhenhenhém'
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se irritou nesta manhã com jornalistas que o questionaram se o avanço lento da vacinação infantil contra covid-19 estaria associado ao atraso do ministério em distribuir as doses.
Ao responder, Queiroga disse que o governo de Jair Bolsonaro (PL) distribuiu "430 milhões de vezes mais vacinas" do que quem o critica.
"Trabalhamos todos os dias, sábado, domingo, a semana inteira, para levar políticas públicas à concretude para os brasileiros. Ao contrário de outros que só falam e nada fazem", disse. "Vocês que estão dizendo que eu atraso vacinas, eu já distribuí 430 milhões de vezes mais vacinas que você que está falando que eu atraso, você não distribuiu nenhuma dose".
O ministro também classificou as perguntas dos profissionais sobre o tema como "nhenhenhém". "Para conter a pandemia, é muito mais importante avançar na terceira dose do que ficar nesse nhenhenhém de vocês aqui que a gente está atrasando dose de vacina", afirmou.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou a vacina contra covid-19 para crianças entre 5 e 11 anos em 16 de dezembro de 2021.
O ministério da Saúde incluiu essa faixa etária na campanha de vacinação quase um mês depois, em 5 de janeiro, após fazer uma consulta pública sobre o assunto. Foi só no dia 14 que a primeira criança foi vacinada.
Até ontem, 15,33% da população entre 5 e 11 anos recebeu a primeira dose da vacina contra covid-19, de acordo com dados do consórcio de imprensa do qual o UOL faz parte.
'Preocupação zero'
Ontem, Queiroga disse não estar preocupado após ser convocado pela Comissão de Direitos Humanos do Senado para explicar o atraso na vacinação infantil contra covid-19.
"Preocupação zero com as convocações, até porque o que eu estou fazendo no Ministério da Saúde, a população brasileira já conhece. Comandamos uma das maiores campanhas de vacinação do mundo", disse Queiroga em conversa com jornalistas ontem em Brasília.
O ministro também disse que presta satisfações de maneira imediata ao presidente Jair Bolsonaro (PL). "[A convocação] faz parte do processo democrático. Estou à disposição da sociedade brasileira, das suas instituições, dos Três Poderes".
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