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Covid: Pelo quarto dia seguido, Brasil registra média de mais de 700 mortes

Brasil já registrou mais de 632 mil mortes causadas pela covid-19, segundo o Ministério da Saúde - Antônio Molina/Zimel Press/Estadão Conteúdo
Brasil já registrou mais de 632 mil mortes causadas pela covid-19, segundo o Ministério da Saúde Imagem: Antônio Molina/Zimel Press/Estadão Conteúdo

Isabella Cavalcante, Hygino Vasconcellos e Ricardo Espina

Do UOL, em São Paulo e Colaboração para o UOL, em São Paulo

07/02/2022 19h34Atualizada em 07/02/2022 21h06

Pelo quarto dia seguido, o Brasil voltou a registrar média móvel de mortes pela covid-19 acima de 700. Hoje foram 765 mortes, número ligeiramente abaixo do registrado ontem, quando ficou em 767. A média móvel é o índice mais confiável para checar o avanço ou regresso da pandemia, calculado a partir da média de mortes dos últimos sete dias.

Nas últimas 24 horas foram notificados 431 óbitos. Na sexta-feira (4), o país ultrapassou mil mortes em um dia — algo que não acontecia desde agosto de 2021. Roraima não registrou óbitos nesse período. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

Desde o início da pandemia no Brasil, foram 632.720 vidas perdidas para a doença.

Todas as regiões estão em aceleração na média móvel de mortes: Centro Oeste (131%), Nordeste (151%), Norte (234%), Sudeste (175%) e Sul (221%). Vinte e três estados e o Distrito Federal estão em alta, três estão estáveis e nenhum em queda.

Essa variação é calculada comparando a média com o mesmo índice de 14 dias atrás. O valor acima de 15% indica tendência de alta; abaixo de -15%, queda; entre 15% e -15%, significa estabilidade.

Nas últimas 24 horas, o país registrou 68.540 casos conhecidos de covid-19. Desde o início da pandemia já foram 26.605.137 casos conhecidos.

A média móvel de casos ficou em 164.433. O índice veio desacelerando no último mês e, hoje, pelo segundo dia seguido, voltou a apresentar tendência de estabilidade, com 3%. Porém, o percentual é menor do que o registrado ontem, quando marcou 13%.

O DF e mais 13 estados apresentaram tendência de alta na média móvel de casos; nove estados estão estáveis e quatro em queda.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

  • Espírito Santo: alta (222%)
  • Minas Gerais: alta (306%)
  • Rio de Janeiro: alta (317%)
  • São Paulo: alta (81%)

Região Norte

  • Acre: alta (833%)
  • Amazonas: alta (76%)
  • Amapá: estabilidade (-11%)
  • Pará: alta (151%)
  • Rondônia: alta (89%)
  • Roraima: estabilidade (0%)
  • Tocantins: estabilidade (0%)

Região Nordeste

  • Alagoas: alta (164%)
  • Bahia: alta (120%)
  • Ceará: alta (117%)
  • Maranhão: alta (104%)
  • Paraíba: alta (364%)
  • Pernambuco: alta (127%)
  • Piauí: alta (181%)
  • Rio Grande do Norte: alta (175%)
  • Sergipe: alta (270%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: alta (273%)
  • Goiás: alta (105%)
  • Mato Grosso: alta (112%)
  • Mato Grosso do Sul: alta (157%)

Região Sul

  • Paraná: alta (154%%)
  • Rio Grande do Sul: alta (123%)
  • Santa Catarina: alta (84%)

SP detecta primeiro caso da subvariante da ômicron

A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo confirmou hoje o primeiro caso da sub-linhagem BA.2 da variante ômicron do coronavírus.

De acordo com o órgão, trata-se de um morador de Santo André, na região metropolitana, que usa o sistema de saúde da capital. O exame dele foi coletado no último dia 28.

O paciente disse ter sentido sintomas leves, que passaram rápido, e que ficou isolado desde o início dos sintomas. Ele não viajou e nenhum familiar dele adoeceu. Segundo a Secretaria, ele foi vacinado com as duas doses, e por ter recebido a segunda somente no dia 26 de novembro, ainda não pode tomar o reforço.

No sábado, o Ministério da Saúde comunicou que já haviam sido detectados cinco casos da BA.2: dois no estado de São Paulo, dois no Rio de Janeiro e um em Santa Catarina. Até o momento, não existem evidências relacionadas a nova linhagem que demonstrem mudanças na transmissibilidade, quadro clínico, gravidade ou resposta vacinal.

Brasil é o terceiro país com mais mortes

O Brasil está na terceira posição entre os países que registraram o maior número de mortes pela covid-19, na semana que terminou neste último domingo (6), conforme apurou a coluna de Jamil Chade, do UOL.

Dados publicados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) nesta segunda-feira (7) revelam que o Brasil uma vez mais superou todos os países europeus e está abaixo apenas de Estados Unidos e Índia, locais com uma população muito superior à brasileira —o Brasil tem 212,6 milhões de habitantes; os EUA, 329,6 milhões; e a Índia, 1,38 bilhão.

Dados do Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde informou hoje (7) que o Brasil registrou 428 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Com a última atualização dos dados, o total de óbitos causados pela doença desde o começo da pandemia subiu para 632.621 em todo o país.

Ainda pelos números divulgados pela pasta, houve 66.583 diagnósticos positivos para o novo coronavírus entre ontem e hoje no país. O total de infectados chegou a 26.599.593 desde março de 2020.

Até o momento, houve 22.846.652 casos recuperados da doença, com outros 3.120.320 em acompanhamento, de acordo com o governo federal.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.