Após 2 meses de alta, internações por covid caem 8 dias seguidos em SP
O estado de São Paulo apresentou oito dias consecutivos de queda nas internações por covid-19, após alta de dois meses. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, nesta semana o estado apresentou queda de 17% na média de novas internações depois do pico na última semana de janeiro.
Segundo a pasta, o estado teve uma média 1.264 novas internações por dia na primeira semana de fevereiro, ante a 1.521 na semana anterior. Esta é a primeira queda desde o início de dezembro, quando a variante ômicron foi identificada no país.
Os números foram apresentados na tarde de hoje em coletiva no Palácio dos Bandeirantes. "São 1,5 mil pacientes a menos internados de oito dias atrás até o momento. Há seis dias temos recuo nas internações nas UTIs [unidades de terapia intensiva], são 11% de queda, com 420 pacientes a menos sendo internados", afirmou o secretário Jean Gorinchteyn.
Atualmente, o estado tem uma taxa de ocupação de UTIs em 70,2%, uma taxa alta, se considerar que chegou a ser inferior a 25% em novembro de 2021, mas uma queda em relação ao início do mês, quando atingiu 75%.
"A evolução da vacinação teve efeito decisivo e direto nesse recuo. Ultrapassamos a marca de 80% com a população com a vacinação completa, com as duas doses", declarou o governador João Doria (PSDB).
Com a explosão da ômicron, São Paulo voltou também a aumentar o número de leitos voltados à covid, algo que não acontecia desde o meio do ano passado. Agora, diz o secretário, o estado está uma situação mais confortável, "mas ainda é preciso ficar atentos".
"Estamos mantendo todas as ações em algumas regiões do estado, mas a prevenção feita pela vacinação e o uso de máscara é fundamental para que nós estejamos fazendo um controle ainda maior não só da ômicron, mas de qualquer outra que por ventura venha a aparecer", declarou Gorinchteyn.
O Comitê Científico diz avaliar que, apesar dos índices ainda indicarem atenção, o pico da ômicron deve ter ficado em janeiro e a tendência é que siga caindo.
"Embora estejamos vendo ainda para casos um aumento comparado ao registrado na semana passada, isso é consequência também do atraso que existe no sistema de notificação para casos. Já devemos ter também atingido o pico para casos, porque as internações são consequências das altas nos casos", afirmou Paulo Menezes, coordenador do comitê.
Possíveis aglomerações em festas no Carnaval também preocupam o grupo. Embora a maioria das cidades do estado, incluindo a capital, tenham cancelado as festas públicas, ainda deverão ocorrer eventos particulares. O comitê é contra.
"O fato de termos uma redução nas internações não nos dá a mínima condição de que possamos colocar novamente a população em risco. Ainda há um número muito elevado de casos. Não existe a menor possibilidade de que essa recomendação deixe de existir", declarou João Gabbbardo, coordenador-executivo do comitê.
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