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Covid: Média de mortes fica abaixo de 400 pela 1ª vez desde 26 de janeiro

Brasil já registrou mais de 655 mil mortes causadas pela covid-19, de acordo dados do consórcio de imprensa - Bruno Kelly/Reuters
Brasil já registrou mais de 655 mil mortes causadas pela covid-19, de acordo dados do consórcio de imprensa Imagem: Bruno Kelly/Reuters

Mariana Durães, Hygino Vasconcellos e Ricardo Espina

Do UOL e Colaboração para o UOL, em Balneário Camboriú (SC) e em São Paulo

15/03/2022 19h16Atualizada em 15/03/2022 20h39

A média móvel de mortes causadas pela covid-19 no Brasil ficou em 388 nesta terça-feira (15). É a primeira vez que o número fica abaixo de 400 desde o dia 26 de janeiro, quando atingiu 369. O país teve, nas últimas 24 horas, 323 óbitos em decorrência da doença. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

A média móvel é considerada por especialistas como a maneira mais confiável para acompanhar o avanço ou retrocesso da pandemia. O índice é calculado a partir da média de mortes - ou de casos -, dos últimos sete dias.

Amapá e Roraima não registraram mortes hoje. Desde o início da pandemia, 655.649 pessoas morreram no Brasil em razão da doença causada pelo coronavírus.

Pelo 19º dia seguido, o país apresentou tendência de queda nas mortes em decorrência da covid-19. Hoje o indicador ficou em -24%. Três regiões seguiram esse cenário de redução: Centro-Oeste (-27%), Nordeste (-43%) e Sudeste (-59%). Já outras duas apresentaram estabilidade: Norte (-14%) e Sul (-15%).

Ao todo, 19 estados apresentaram queda na média móvel de óbitos, enquanto seis estados registraram estabilidade. Outras duas unidades da federação apresentaram aceleração: Amapá (200%) e Distrito Federal (23%).

Para calcular a variação, se compara a média atual com o mesmo índice de 14 dias atrás. Um valor acima de 15% indica tendência de alta; abaixo de -15%, queda; entre 15% e -15%, significa estabilidade.

Além disso, nas últimas 24 horas, foram 50.078 novos casos conhecidos de covid-19. A média móvel ficou em 41.044. Com isso, o Brasil acumula 29.432.274 testes positivos.

O país registra tendência de queda de -19% na média móvel de casos, com 19 das 27 unidades da federação seguindo esse cenário. Seis estados apresentam aceleração, enquanto Pará (-1%) e Rio Grande do Norte (-10%) registraram estabilidade.

Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no DF:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: queda (-31%)
  • Minas Gerais: estabilidade (-5%)
  • Rio de Janeiro: queda (-34%)
  • São Paulo: queda (-18%)

Região Norte

  • Acre: queda (-50%)
  • Amazonas: queda (-48%)
  • Amapá: alta (200%)
  • Pará: queda (-38%)
  • Rondônia: queda (-43%)
  • Roraima: queda (-25%)
  • Tocantins: estabilidade (0%)

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-23%)
  • Bahia: queda (-54%)
  • Ceará: estabilidade (5%)
  • Maranhão: queda (-87%)
  • Paraíba: queda (-39%)
  • Pernambuco: queda (-35%)
  • Piauí: queda (-62%)
  • Rio Grande do Norte: estabilidade (15%)
  • Sergipe: queda (-29%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: alta (23%)
  • Goiás: estabilidade (-12%)
  • Mato Grosso: queda (-17%)
  • Mato Grosso do Sul: queda (-71%)

Região Sul

  • Paraná: estabilidade (-3%)
  • Rio Grande do Sul: queda (-23%)
  • Santa Catarina: queda (-18%)

Dados do governo

O Ministério da Saúde informou hoje (15) que foram notificadas 336 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas no Brasil. Desde o início da pandemia, o total de óbitos provocados pela doença chegou a 655.585.

Pelos dados da pasta, houve 52.094 casos confirmados de covid-19 em todo o país entre ontem e hoje, elevando para 29.432.157 o total de infectados desde março de 2020.

Segundo o governo federal, houve 27.968.811 casos recuperados da doença até o momento, com outros 807.761 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.