Brasil ultrapassa 30 milhões de casos registrados de covid na pandemia

O Brasil chegou hoje a 30 milhões de casos diagnosticados de covid-19 desde o início da pandemia. Nas últimas 24 horas, 2.532 novos testes positivos foram registrados, colocando a média móvel em 21.782 —este é o índice é calculado a partir da média de casos dos últimos sete dias. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

Assim, o Brasil é o terceiro país no mundo com mais casos conhecidos do coronavírus, de acordo com o ranking da empresa de tecnologia Bloomberg, que acompanha as notificações da doença ao redor do mundo. Os Estados Unidos, com 80 milhões de diagnósticos, aparecem em primeiro lugar, seguido por Índia, com 43 milhões.

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O número fechado de hoje não indica a real totalidade de casos por causa da subnotificação. O Brasil testa, em média, metade da média mundial. Estimativas traçadas por especialistas apontam que o país tem, no mínimo, o dobro de casos de covid-19 —ou seja, pelo menos metade não tem um teste confirmatório.

Além disso, o país aprovou apenas este ano o autoteste de farmácia independente da análise de clínicas e hospitais, que ficaram lotados e sem condição de atendimento nas piores ondas da covid-19 ao longo da pandemia.

Em outras nações, como o Reino Unido, o teste feito em casa é enviado de forma gratuita e aconselhado a ser realizado antes de grandes encontros, como jogos de futebol e shows.

Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 112 novas mortes pela doença. Desde o início da pandemia, o país perdeu 660.381 vidas para a doença.

A média móvel de óbitos por covid-19 continua em tendência de queda no Brasil. Pelo terceiro dia consecutivo, o número registrado ficou abaixo de 200. Hoje, a taxa é de 196.

Há 39 dias, o país apresenta tendência de queda nas mortes pela doença, com -36%. Todas as cinco regiões do país acompanham esse cenário nacional de redução nos óbitos, o que não era visto há nove dias. Entre as unidades da federação, 19 estados e o Distrito Federal apresentam queda. Já outros cinco estados registram estabilidade e apenas Amazonas tem alta nas mortes pela covid.

Este cálculo compara a média móvel de hoje com a de 14 dias atrás. Se o valor ficar acima de 15%, indica tendência de alta; abaixo de -15%, queda; entre 15% e -15%, significa estabilidade.

Já a média móvel de casos conhecidos também apresenta tendência de queda há 15 dias seguidos (-39%), o que é visto em 25 estados e no Distrito Federal. Só Espírito Santo apresenta estabilidade no número de casos, com -10%.

Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no DF:

Região Sudeste

• Espírito Santo: queda (-74%)

• Minas Gerais: queda (-28%)

• Rio de Janeiro: queda (-23%)

• São Paulo: queda (-35%)

Região Norte

• Acre: estabilidade (0%)

• Amazonas: alta (50%)

• Amapá: queda (-33%)

• Pará: queda (-25%)

• Rondônia: queda (-74%)

• Roraima: queda (-50%)

• Tocantins: estabilidade (0%)

Região Nordeste

• Alagoas: queda (-53%)

• Bahia: queda (-44%)

• Ceará: estabilidade (-12%)

• Maranhão: queda (-80%)

• Paraíba: queda (-72%)

• Pernambuco: estabilidade (-14%)

• Piauí: queda (-70%)

• Rio Grande do Norte: queda (-86%)

• Sergipe: estabilidade (9%)

Região Centro-Oeste

• Distrito Federal: queda (-54%)

• Goiás: queda (-29%)

• Mato Grosso: queda (-48%)

• Mato Grosso do Sul: estabilidade (-4%)

Região Sul

• Paraná: queda (-66%)

• Rio Grande do Sul: queda (-38%)

• Santa Catarina: queda (-51%)

Dados do Ministério

Nas últimas 24 horas, o Brasil notificou 165 novas mortes provocadas pela covid-19, como informou o Ministério da Saúde em boletim divulgado hoje (4). O total de óbitos causados pela doença no país chegou a 660.312.

Pelos dados da pasta, houve 13.361 casos confirmados de covid-19 no Brasil entre ontem e hoje, elevando o total de infectados para 30.012.798 desde março de 2020.

Segundo o governo federal, houve 28.834.486 casos recuperados da doença até o momento, com outros 518.000 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.