Covid: Após 61 dias em queda, média móvel de mortes volta a ficar estável
Após 61 dias em queda, a média móvel de mortes pela covid-19 voltou a ficar estável. A última vez que isso aconteceu foi em 24 de fevereiro. Hoje, o indicador registrou 99 óbitos. Nas últimas 24 horas, foram 224 mortes. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.
A média móvel é considerada por especialistas a maneira mais confiável para acompanhar o avanço ou o retrocesso da pandemia. O índice é calculado a partir da média de mortes ou de casos dos últimos sete dias.
No país, a média móvel de mortes ficou em -15% na comparação com a de 14 dias atrás. Se o valor ficar acima de 15%, indica tendência de alta; abaixo de -15%, queda; entre 15% e -15%, significa estabilidade.
Entretanto, todas as cinco regiões do país apresentaram tendência de queda nos óbitos: Centro-Oeste (-32%), Nordeste (-23%), Norte (-36%), Sudeste (-26%) e Sul (-52%).
Além disso, 12 estados e o Distrito Federal tiveram queda na média de mortes pela covid. Já oito estados registraram estabilidade e outros seis tiveram elevação nos registros.
Do total de óbitos registrados hoje, 124 foram contabilizados pelo Rio de Janeiro, mas a SES (Secretaria de Estado de Saúde) informou que o número não se refere apenas aos desta quarta-feira (27). Na verdade, 85 deles aconteceram ao longo de 2020 e foram inseridos hoje no sistema pelos municípios de São Gonçalo e São João da Barra.
Acre, Amapá, Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins não notificaram óbitos pela doença hoje. Ao todo, desde o início da pandemia, foram 663.165 vidas perdidas em decorrência da covid-19.
Hoje, o Brasil também registrou a menor média móvel de casos de covid-19 desde o dia 5 de janeiro deste ano. O índice ficou em 12.413, e naquela data foi de 12.391. Nas últimas 24 horas foram 20.495 novos casos conhecidos de covid-19 no país, chegando a marca de 30.395.189 testes positivos desde o início da pandemia.
A média móvel de casos se mantém há 38 dias em tendência de redução (hoje em -36%), com todas as regiões do país acompanhando esse cenário. Já entre as unidades da federação, 20 registram queda, três têm estabilidade e quatro, aumento.
Veja a situação da média móvel de mortes por estado e no DF:
Região Sudeste
- Espírito Santo: queda (-91%)
- Minas Gerais: queda (-60%)
- Rio de Janeiro: alta (92%)
- São Paulo: estabilidade (-7%)
Região Norte
- Acre: alta (200%)
- Amazonas: alta (50%)
- Amapá: estabilidade (0%)
- Pará: estabilidade (11%)
- Rondônia: alta (200%)
- Roraima: estabilidade (0%)
- Tocantins: estabilidade (0%)
Região Nordeste
- Alagoas: queda (-80%)
- Bahia: queda (-45%)
- Ceará: estabilidade (-11%)
- Maranhão: queda (-50%)
- Paraíba: estabilidade (0%)
- Pernambuco: queda (-44%)
- Piauí: queda (-100%)
- Rio Grande do Norte: queda (-50%)
- Sergipe: queda (-89%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-48%)
- Goiás: queda (-38%)
- Mato Grosso: estabilidade (13%)
- Mato Grosso do Sul: alta (17%)
Região Sul
- Paraná: queda (-53%)
- Rio Grande do Sul: queda (-22%)
- Santa Catarina: alta (23%)
Dados do governo
O Ministério da Saúde informou hoje (27) que o Brasil reportou 245 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. O total de óbitos provocados pela doença em todo o país chegou a 663.111.
Entre ontem e hoje, houve o registro de 20.943 casos confirmados da doença no país, segundo a pasta. Desde março de 2020, o total de infectados subiu para 30.399.004.
De acordo com o governo federal, houve 29.480.998 casos recuperados da doença até agora, com outros 254.895 em acompanhamento.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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